Saúde e Bem-Estar

New York Times

É possível prevenir e rastrear intolerância ao glúten? Especialistas explicam

New York Times
04/07/2017 08:00
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Número de pessoas com a doença celíaca ainda é incerta porque muitos dos sintomas são sutis e algumas pessoas não percebem (Foto: Bigstock)

Sabe-se que aproximadamente uma em cada 140 pessoas sofre com a doença celíaca, transtorno do sistema imunológico que ataca os intestinos e outros tecidos quando a proteína, encontrada no trigo, cevada e centeio, é consumida.
A doença celíaca pode ficar latente durante anos e se manifestar em qualquer idade, mas a verdadeira incidência pode ser muito mais alta. Segundo um estudo feito em Denver, nos Estados Unidos, que acompanhou crianças nascidas de 1993 a 2004 até a adolescência, 3,1% dos investigados eram celíacos. “É um número inacreditável de norte-americanos afetados”, comenta o Dr. Joseph A. Murray, especialista internacional da Clínica Mayo.
Embora as consequências da enfermidade estejam bem documentadas, outras razões pelas quais a saúde da pessoa pode melhorar com o corte do glúten incluem sensibilidade excessiva a ele ou outra substância qualquer no trigo (que é maior fonte da proteína nas dietas ocidentais) e o efeito placebo, ou seja, o benefício genuíno inspirado na crença que um remédio ou solução realmente funciona.
Apesar de tamanha atenção dada à substância ultimamente, há muita gente por aí que nem sabe ter a doença celíaca. Isso porque ela induz a uma série de sintomas vagos e confusos que podem adiar em anos o diagnóstico preciso. Entre eles: dor abdominal, inchaço, gases, diarreia crônica ou constipação; fadiga crônica, anemia, emagrecimento inexplicável, câimbras musculares; menstruação falha, infertilidade ou abortos espontâneos recorrentes; deficiência de vitaminas, descoloração do esmalte dentário, perda óssea e fraturas.