Explosão de skate elétrico deixa mulher hospitalizada; brinquedo tem histórico de acidentes
Daliane Nogueira
04/08/2018 20:08
Skate elétrico completamente destruído após explosões em uma casa em Curitiba. Foto: Yvia Neves / Arquivo Pessoal.
A tarde deste sábado (4) foi de um grande susto para a família da preparadora de atores Yvia Neves, 34 anos. Ela mora nos Estados Unidos, mas passa férias no Brasil, hospedada na casa de sua sogra no bairro Jardim Social. Uma amiga emprestou um skate elétrico (também conhecido como hoverboard) para que o filho mais velho de Yvia, Mateus (8 anos), brincasse durante o fim de semana. Mas a brincadeira que era para ser divertida, rendeu um acidente em casa. O equipamento pegou fogo e sofreu diversas explosões enquanto estava carregando. Por pouco não ocasionou um estrago maior.
“Por sorte não tinha ninguém no cômodo onde ele estava ligado, mas o tapete ficou em chamas, a casa ficou cheia de fumaça e fuligem e minha sogra [61 anos] precisou ser hospitalizada por algumas horas por conta da inalação da fumaça”, relata.
Tapete ficou destruído, ma ninguém se feriu com gravidade. Foto: Yves Neves / Arquivo Pessoal.
De acordo com Yvia, a recomendação é de que o equipamento seja carregado por no máximo 30 minutos e ela deixou o timer ligado para não exceder a recomendação. Entretanto, antes do prazo o equipamento começou a exalar um cheiro de queimado e logo em seguida vieram as explosões.
Vizinhos ajudaram a conter o fogo até que os bombeiros chegassem, em cerca de 5 minutos. De acordo com os responsáveis pelo atendimento, do Quartel do Bairro Alto, o controle das chamas se deu de forma breve. “A casa ficou cheia de fuligem e com um cheiro muito forte, não poderemos voltar para lá enquanto não resolvermos a situação”, lamenta Yvia.
Na internet há um sem número de vídeos mostrando o equipamento em chamas. Em razão da repetição de episódios, os skates elétricos foram proibidos de serem embarcados em aviões nos Estados Unidos, comerciais ou de carga.
Em novembro de 2017 o órgão recomendou recall de cerca de 16 mil unidades de diferentes fabricantes e importadores. E, de acordo com a entidade, “todas as marcas compartilham de um mesmo problema: baterias de lítio sem os devidos testes de resistência que podem superaquecer e causar explosões e incêndios.”
As marcas testadas por lá são: iHoverspeed, Sonic Smart Wheels, Tech Drift, iLive, Go Wheels, Drone Nerds, LayZ Board e Smart Balance Wheel; e a CPSC recomenda que os consumidores devolvam os produtos ou peçam substituição.
Reprodução / Site Inmetro
No Brasil o produto está na mira do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). No site da instituição há a informação de que está em fase de estudo uma avaliação de conformidade do produto com a seguinte justificativa: “Foi identificado pelo Inmetro que o objeto apresenta potencial risco à segurança.” No entanto a entidade não estabelece um prazo para tal avaliação.