Tempo frio também significa tempo mais seco, e a redução da umidade das mucosas, com menos produção de muco, que contém células de defesa, também enfraquece as defesas do sistema, predispondo a inflamações.
Diferenças Na faringite alérgica, os sintomas geralmente são dor leve, caracterizada mais como uma irritação pelo paciente, um pigarro, a garganta “arranhando”, mas sem febre e com quadro geral geralmente bom. Isso pode estar associado a um quadro alérgico pulmonar e/ou nasal. Na faringite viral, os sintomas geralmente estão associados a quadros de resfriado ou gripe, geralmente o paciente apresentando dor para deglutir, a garganta também ruim, mas com febre baixa, e um quadro que melhora entre 5 a 10 dias, geralmente no menor tempo. Na faringite bacteriana, há uma febre mais alta, a queda no quadro geral, com o paciente mais fraco e cansado, e em exame físico podem ser vistas placas de pus na faringe. Para uma inflamação que não passa, transcorridos de 7 a 10 dias, vale procurar um médico.
Sim, há como evitar faringites com algumas medidas simples, diz a otorrino Jemima Hirata. Continuar se hidratando como em dias quentes é uma delas, pois reduzimos nosso consumo de água no frio naturalmente, o que resseca mais as mucosas. Evitar ficar em ambientes fechados por muito tempo, ou pedir para abrir a janela também é uma dica preciosa, para evitar contaminações. Deixar sempre um recipiente com água próximo de onde se está ajuda a umidificar o ambiente – e as mucosas nasais. Limpar as narinas com soro fisiológico de duas a seis vezes por dia também é uma boa medida: basta aplicar com seringa o soro, o que remove mecanicamente aquilo que em condições normais os cílios retirariam. “Existe uma adaptação gradual do nosso corpo ao frio, mas no inverno a imunidade é pior que no verão”, diz.