Saúde e Bem-Estar
Infarto é diferente de parada cardíaca. Veja como cada um deles acontece

O paciente em parada cardiorrespiratória fica inconsciente, não responde ao chamado, fica sem pulso e ele também não respira, fica pálida e muda de cor. Foto: Bigstock.
Mas, independentemente do diagnóstico, é fundamental que o atendimento emergencial seja muito rápido, poisá que, caso o paciente não receba o tratamento adequado nos primeiros minutos, a parada cardiorrespiratória é o caminho mais provável.
“A mais comum é a aterosclerose, ou seja, quando ocorre um acúmulo de gordura em placas na parede das artérias e aí ocorre o entupimento das artérias, com a instabilização das placas de gordura”.
“Os sintomas mais comuns do infarto são a dor ou desconforto no peito. Normalmente essa dor é tipo pressão, aperto, peso ou queimação, e pode irradiar para o membro superior esquerdo, para as costas, para o pescoço e para a mandíbula. Além disso, pode vir acompanhado de náuseas e vômitos, de palidez e sudorese”, lista a cardiologista.
“É um quadro em que ocorre uma parada total do fluxo sanguíneo circulante pelo corpo, porque o coração para de bater, então o sangue para de circular. Existem causas como as arritmias cardíacas, as doenças cardíacas congênitas, e causas não cardíacas, como a embolia pulmonar, um quadro de sepse grave ou um quadro de disfunção dos rins”.

“Os fatores de risco tanto para o infarto quanto para AVC isquêmico são muito parecidos e são esses que a gente busca prevenir, que são hipertensão, diabete e colesterol alto, tabagismo, sedentarismo, hábitos alimentares e hábitos de vida ruins”.
Agilidade é essencial
“Cada paciente vai ter todo um processo de fisiologia envolvido, não há como prever qual paciente vai ter ou deixar de ter a parada cardíaca. Quando não há, ou é porque o organismo tem recursos para se sustentar, ou o paciente foi atendido e foi feita alguma manobra para desobstruir a artéria, com medicamento ou, o mais comum e correto, com a angioplastia, que é o tratamento padrão ouro do infarto”, esclarece dr. Dombeck.
Sinais e socorro imediato
O paciente em parada cardiorrespiratória tem sintomas mais evidentes, conforme detalha Fernanda. “Ele fica inconsciente, não responde ao chamado, fica sem pulso e ele também não respira. A pessoa vai ficando pálida, a cor dela é diferente. A primeira coisa a se fazer quando se encontra uma pessoa nessa situação é chamar por ajuda, ou seja, ligar pra emergência”.
“Por mais treinada que seja, sozinha é muito difícil conseguir reverter todo um quadro de parada cardiorrespiratória. O ideal é que a pessoa faça um treinamento básico de primeiros socorros para que ela saiba como agir numa situação dessa e para aprender a técnica correta de massagem cardíaca efetiva, se a massagem cardíaca não for efetiva, não se consegue manter uma boa circulação sanguínea, não consegue proteger o cérebro e isso pode ocasionar várias sequelas”, diz a cardiologista.

São diferentes
O infarto ocorre quando as artérias coronárias são entupidas, normalmente por placas de gordura, deixando de alimentar o coração. Já o AVC pode ser de duas formas: o isquêmico, quando as artérias cerebrais são bloqueadas e é o cérebro que deixa de receber o sangue, e o hemorrágico, quando o vaso sanguíneo se rompe dentro do cérebro. Daí, vem o nome “derrame”, como também é popularmente conhecido o AVC.
Embora hoje a diferença entre as duas condições esteja mais clara, ainda há quem confunda as duas situações, pois que os sintomas são parecidos. Enquanto o resfriado é, normalmente, mais brando, e dura entre dois e quatro dias, raramente ocasionando febre, as gripes normalmente geram febre de cerca de três dias, tosse, dor muscular, dor de cabeça e coriza, podendo levar a pneumonia e outras complicações mais graves.
Ambos apresentam vômitos, febres, desidratação e diarreia, o que justifica a dificuldade de determinar se uma pessoa tem intoxicação alimentar ou se está com a infecção intestinal, também conhecida como virose. Ambas são também causadas por alimentos preparados de formas inadequadas, pouca higiene ou a infecção por vírus. O que diferencia as duas patologias é que a virose normalmente vem também acompanhada de calafrios e mal-estar, mas é mais facilmente tratável por medicamentos, enquanto a intoxicação alimentar exige dieta especial e repouso.
Doenças da pele podem ser complexas para diagnosticar, uma vez que seus sintomas e causas são muito similares. Descamação da pele, coceiras, desconforto e manchas avermelhadas, por exemplo, podem indicar tanto uma dermatite atópica quanto uma psoríase, ambas doenças crônicas que têm desdobramentos diferentes. Outro fator em comum é que tanto a psoríase quanto a dermatite atópica podem ter relação com fatores emocionais e estresse, e é preciso consultar um médico dermatologista para diagnosticar e tratar.