Saúde e Bem-Estar

Entrar no mar impróprio para banho pode causar hepatite A e infecções parasitárias

Amanda Milléo
02/02/2018 07:00
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Dica de especialistas é observar entorno na praia para prever possíveis acidentes. (Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo) | Albari Rosa

Toda sexta-feira, quando o Instituto Ambiental do Paraná lança os novos boletins de balneabilidade nas praias e rios do litoral e nas represas e rios do interior do estado, diferentes pontos surgem como próprios ou impróprios para o banho , alertas que, nem sempre, são respeitados pelos banhistas.
Determinar que aquele ponto é impróprio para banho significa dizer que a água daquela amostra está contaminada com as bactérias coliformes fecais.
A presença dessas bactérias não significa, necessariamente, que todo mundo que se banhar naquele ponto ficará doente, mas que o risco de desenvolver uma infecção é grande — quem for pego por uma bactéria ou vírus pode ter doenças como viroses intestinais, infecções parasitárias, como a giardíase, e a hepatite A, infecção viral que afeta o fígado.
“Enquanto na hepatite B e C a transmissão se dá via contato sexual ou pelo sangue, a hepatite A é transmitida pela água contaminada”, explica João Luiz Carneiro, médico clínico geral do hospital VITA (a hepatite A pode ser prevenida por vacina).

Sintomas

Diarreia, vômito, mal-estar, febre e dor no corpo são algumas das reações mais comuns das doenças que podemos pegar no mar impróprio.
Os tratamentos variam conforme a origem da doença. No caso de vírus, é preciso esperar a doença seguir o curso sozinha, mas pode ter a ajuda de medicamentos que reduzem os sintomas. As bactérias, porém, exigem o tratamento com antibióticos.
“É preciso ir ao médico e verificar a causa da condição. Apesar dos sintomas parecidos, o tratamento varia conforme a origem, se é viral ou bacteriana. E ambos podem ser os causadores da infecção quando alguém se banha em um local considerado impróprio”, salienta Carneiro.

Micoses e frieiras?

Infecções fúngicas, como micoses e frieiras, não são tão comumente adquiridas no mar, mesmo com a água imprópria. “São mais fáceis de adquirir em piscinas, que são áreas delimitadas, com água quente”, explica o médico.
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