Após diversas
maternidades e hospitais no Brasil adotarem os polvos de crochê em unidades de terapia intensiva neonatais, o ministério da Saúde emitiu uma nota técnica na última sexta-feira (28) afirmando que
não orienta a utilização dos polvos como instrumento terapêutico. Apesar disso, o
ministério não proíbe o uso dos polvos com os bebês, contanto que sejam realizados os protocolos de controle de infecção hospitalar.
Sobre os tentáculos dos polvos remeterem ao cordão umbilical, o ministério afirma que as evidencias mostram que o cordão umbilical, a placenta e as paredes uterinas oferecem outros estímulos e sensações extras, como cheiro, sons, texturas, umidade e o pulsar.
Como opção terapêutica, ministério recomenda o método canguru para promover o bem-estar dos bebês prematuros internados nas UTIs neonatais. A técnica consiste no contato pele a pele entre a mãe e o bebê, favorecendo o vínculo afetivo, estabilidade térmica, estímulo à amamentação e o desenvolvimento do recém-nascido.
Neste método, o toque começa devagar até evoluir para a posição canguru. A posição tem este nome por acomodar o bebê de modo semelhante ao mamífero australiano, que coloca o filhote na bolsa abdominal. Ele é iniciado de forma precoce e crescente, por livre escolha da família, pelo tempo que mãe/pai e bebê entenderem ser prazeroso e suficiente.
A nota destaca ainda que, por muito tempo, a utilização de brinquedos nas incubadoras era proibida, mas o ministério reconhece que o seu uso traz benefícios aos bebês prematuros. Neste caso, o órgão diz que podem ser vários formatos de brinquedos, não exclusivamente os polvos de crochê.
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