Saúde e Bem-Estar

Você conhece a doença do beijo?

Da redação
24/02/2017 16:20
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Mononucleose é transmitida pelo beijo (Foto: Bigstock)

A boca pode ser a porta de entrada de muitos vírus nesta época de carnaval. Um dos mais comuns é o vírus da mononucleose, infecção também conhecida como a doença do beijo. Quando um folião, com o vírus em fase de eliminação, entra em contato com outra pessoa com um ferimento na boca, a transmissão acontece.
Embora seja um vírus comum no organismo humano – estima-se que mais de 90% da população adulta entrou em contato com o vírus em algum momento da vida – nem todo mundo desenvolve os sintomas e, portanto, sabe que o vírus está lá.
Para evitar a transmissão, higiene e bom senso são fundamentais, de acordo com informações de Milene Geiger Frey, coordenadora médica da a+ Medicina Diagnóstica no Paraná. “Os beijoqueiros devem ser cautelosos. Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca é melhor não beijar ninguém ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas”, diz.
Saiba mais sobre a doença, como se prevenir e como cuidar!
O que é a doença do beijo?
Trata-se do nome popular antigo da mononucleose infecciosa. A mononucleose é uma doença causada por um vírus que tem por característica continuar no organismo, mesmo depois dos sintomas. O vírus permanece na garganta ou nas amígdalas do indivíduo que, periodicamente, o elimina pela saliva.
Quando eu posso pegar a doença do beijo?
Se você entrar em contato com uma pessoa que está eliminando o vírus, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá adquirir a infecção, se ainda não a teve. Até mesmo uma criança pequena pode pegar a doença se entrar em contato com uma gotícula da saliva do adulto ou outra criança que esteja em fase de transmissão do vírus.
Quais são os principais sintomas?
Febre, dor de garganta e aumento dos linfonodos – gânglios ou ínguas – na região do pescoço são sintomas mais comuns em adolescentes e adultos jovens, entre os 15 e 25 anos. Fique atento também se aparecem manchas vermelhas pelo corpo, aumento do fígado e baço.
Esses sintomas tendem a durar entre duas a três semanas. Nos jovens a manifestação da doença é mais leve, mas nos mais velhos é mais intensa.
Como é feito o tratamento?
Como não existe um remédio específico que cure a doença, são tratados os sintomas. Especialistas indicam repouso, porque a pessoa pode sentir fadiga e indisposição. Se houver aumento do baço, o descanso é fundamental, pois no caso de uma batida, o órgão pode se romper.

Outras doenças

Não é só a mononucleose que os foliões devem ficar atentos. Outras doenças também podem ser transmitidas pelo contato íntimo, beijo ou mesmo compartilhamento de utensílios contaminados.
Uma delas é a herpes, causado por um vírus da mesma família da mononucleose. Da mesma forma também, o vírus da herpes simples Tipo 1 persiste por toda a vida das pessoas que tiveram a infecção. A cada cinco pessoas, uma vai apresentar lesões de herpes de forma recorrente.
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