Saúde e Bem-Estar

Combinar remédio e álcool traz riscos que podem levar à morte. Evite!

Talita Boros Voitch
26/02/2017 13:31
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Dias seguidos de festa podem pesar no corpo, principalmente de quem exagera na animação e deixa de lado a recomendação de cuidar da alimentação, beber bastante água e descansar. Para curar a ressaca, muita gente aposta em combinações perigosas de medicamentos com cafeína ou energéticos ou esquece dos efeitos colaterais dos remédios de uso contínuo que faz quando associados ao álcool. Para garantir que o carnaval não acabe mal, confira as dicas do cirurgião Eduardo Ramos, chefe do serviço de transplante hepático do Hospital Nossa Senhora das Graças, em Curitiba.
Remédios para dormir ou antidepressivo com álcool nunca!
O maior risco para uma pessoa é combinar bebida alcoólica com medicamentos de uso contínuo, como os para dormir ou antidepressivos. “As bebidas alcoólicas podem diminuir ou potencializar os efeitos dos medicamentos. O mais comum é potencializar os efeitos colaterais causando sintomas como náuseas, tonturas, sonolência e diminuição da habilidade motora”, afirma o especialista.
Nessa lista também entram os medicamentos para pressão alta, mal que atinge um quarto dos brasileiros, segundo o ministério da Saúde. Neste caso, o álcool faz a pressão cair e a combinação com a medicação pode levar a pessoa a desmaiar. É importante evitar o abuso de bebidas alcoólicas se utilizar esse tipo de medicamento.
Analgésicos e anti-inflamatórios em excesso podem trazer problemas mais graves
Tanto o álcool quanto o paracetamol, um dos analgésicos mais utilizados pelos brasileiros, são metabolizados no fígado. A ingestão abusiva do composto combinado ao álcool pode levar a falência hepática, quando o fígado para de funcionar. Algo semelhante pode acontecer com os anti-inflamatórios, mas neste caso as alterações podem ocorrer nos rins.
Em ambos os casos, os riscos maiores são para pessoas que já fazem o uso prolongado de álcool e têm o fígado parcialmente comprometido. “Para pessoas saudáveis, o risco de isso acontecer é muito pequeno, a não ser que ela tenha uma suscetibilidade muito grande, mas o ideal é evitar excessos”, afirma Ramos.