Saúde e Bem-Estar
Gazeta do Povo, com informações da Folhapress
Prefeitura de Santo André descarta meningite como causa da morte de neto de Lula
Menino Arthur não teria morrido em decorrência de meningite, mas de bactéria que causou infecção generalizada. Foto: Divulgação
A Prefeitura de Santo André confirmou nesta segunda-feira (1º) que a morte de um neto de sete anos do ex-presidente Lula não foi causada por meningite, conforme divulgado por hospital à época. Arthur Araújo Lula da Silva deu entrada às 7h20 de 1º de março no Hospital Bartira, da rede D’Or, com quadro instável, segundo boletim médico divulgado pela instituição. O quadro se agravou, e a criança morreu às 12h36 do mesmo dia.
De acordo com a nota da prefeitura, logo após a morte do menino, a Secretaria de Saúde local encaminhou amostras coletadas no hospital para análise e confirmação do Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo.
Ainda segundo a prefeitura, os exames descartaram “meningite, meningite meningocócica e meningococcemia“. “Todos os procedimentos de proteção e profilaxia dos comunicantes foram realizados seguindo os protocolos do Ministério da Saúde. Informações adicionais relacionadas ao caso dependem de autorização expressa da família da criança”, diz a nota da prefeitura.
Procurada no fim de semana, a família do ex-presidente não quis se pronunciar a respeito da causa da morte de Arthur.
“Crime ético”
No último fim de semana, o médico e ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha contestou a causa da morte do menino de 7 anos, afirmando que ele não faleceu em decorrência de meningite meningocócica, conforme divulgou o Hospital Bartira, de Santo André, no dia 1º de março.
Ainda no dia do falecimento de Arthur, o deputado entrou com um requerimento de informações ao hospital para esclarecer o vazamento do óbito, o que considerou um “crime ético”.
Em post no Facebook, Padilha afirma que a divulgação supostamente equivocada foi “uma irresponsabilidade com a saúde pública, propagando o medo de contágio, fazendo com que famílias corressem para vacinar seus filhos”.
Segundo ele, vacinas foram comercializadas por até R$ 1.100. Há doze tipos de meningite meningocócica, todas transmitidas por um grupo de bactérias, mas a rede pública de saúde oferece vacina apenas para o tipo C.
A causa da morte, “agravamento do quadro infeccioso de meningite meningocócica”, foi noticiada por um blog do jornal O Globo minutos após o óbito do menino e confirmada pela assessoria do hospital.
No dia 1º de março, a instituição de saúde afirmou que o paciente apresentava “cefaleia, febre, mialgia, exantema, cianose, náuseas e dores abdominais”. O quadro do menino evoluiu para confusão mental e ele veio a óbito.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o hospital na manhã desta terça-feira (2) para verificar a causa da morte, mas a instituição afirmou que não se pronunciará.
LEIA TAMBÉM