Primeiro transplante de vértebras humanas é feito na Itália
Gazeta do Povo
15/10/2019 17:46
Paciente agora faz reabilitação após passar por inédito transplante de vértebras. Foto: Divulgação Instituto Rizzoli.
Pela primeira vez na história, uma parte da coluna de um paciente foi substituída por vértebras humanas com um excelente resultado. Um senhor de 77 anos, que sofria de um câncer ósseo maligno, foi quem passou pela operação pioneira, na região da Emília Romanha, na Itália.
A operação, segundo informações do Instituto Ortopédico Rizzoli, de Bolonha, onde teria sido realizado o transplante, aconteceu no dia 6 de setembro com tecidos provenientes do Banco de Tecidos Musculoesqueléticos da região.
O procedimento, segundo a equipe, consistiu na vertebrectomia (remoção das vértebras doentes), seguida da reconstrução da coluna vertebral da maneira mais semelhante à conformação natural, restaurando a anatomia do paciente ao implantar um osso com uma estrutura idêntica à removida, como explicou o líder da equipe médica, o diretor de cirurgia vertebral do instituto, Alessandro Gasbarrini.
A equipe médica de cirurgia da coluna vertebral com o diretor Alessandro Gasbarrini sentado ao centro. Foto: Divulgação Instituto Rizzoli.
De acordo com informações do instituto à imprensa, substituir tecido humano por tecido humano geralmente é o melhor para o corpo, mas nem sempre a solução era possível no caso das vértebras.
“Até então vértebras doentes eram substituídas por partes do fêmur, com uma estrutura diferente da das vértebras e com menor possibilidade de integração. A implantação das quatro vértebras no paciente nos aproxima do objetivo de uma fusão perfeita com a coluna vertebral e otimiza o curso do tratamento com radioterapia”, disse ele.
Método de coleta e conservação de vértebras O tecido musculoesquelético foi retirado de cadáveres por uma equipe do instituto de e foi tratado pelos técnicos do Banco. Uma vez que todos os testes foram realizados para garantir sua adequação do ponto de vista microbiológico, o tecido foi “preparado” através do processamento em uma área com contaminação controlada Classe A, de máxima esterilidade, e então armazenada a – 80 graus C.
O paciente, cujo nome não foi divulgado, agora faz exercícios de reabilitação.