Saúde e Bem-Estar

Protetor solar das crianças precisa conter pelo menos dois ingredientes básicos

Amanda Milléo
14/12/2018 07:00
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É importante esperar 15 minutos antes de deixar a criança se expor ao sol. Foto: Bigstock

15Até os dois anos de idade, a sensibilidade da pele dos bebês não permite o uso de qualquer tipo de protetor solar. A indicação dos especialistas a que, a partir dessa idade, os pais optem por protetores feitos a partir de compostos inorgânicos, que são menos absorvidos pela pele, o que reduz o risco de toxicidade. Nos rótulos, esses filtros devem destacar a presença do óxido de zinco ou do dióxido de titânio. 
Para os bebês mais novos, antes dos seis meses, nenhum produto deve ser usado. A proteção contra o sol se resume a evitar, sempre que possível, os raios ultravioletas, e reforçar o uso de protetores físicos em forma de chapéu, bonés, camisetas fechadas, de manga comprida e, de preferência, com fotoproteção.
“A pele dos bebês é mais fina e imunologicamente imatura. As crianças têm mais risco de danos causados pelo sol, e é uma população bem vulnerável. Uma única medida, como o uso do protetor solar ou só o uso de boné, não garante uma proteção adequada e os pais e escola precisam se conscientizar disso”, explica Janyana Deonízio, médica dermatologista do hospital das Clínicas da UFPR e da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
O protetor solar para crianças é importante porque evita queimaduras, o aparecimento de manchas e o câncer de pele. Na hora de escolher o produto, porém, é preciso ficar atento:  as linhas “baby”, “kids” e “infantil” são as indicadas para protetor solar para as crianças. A linha “baby” é composta geralmente apenas de protetores físicos. Já as linhas “kids”e “infantil”, geralmente, são compostas com uma mistura de protetores físicos e químicos, podendo ser usadas nas outras idades.
Uso das peças não dispensa protetor solar. Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo.
Uso das peças não dispensa protetor solar. Foto: Albari Rosa / Gazeta do Povo.
E há diferença entre os protetores solares químicos e físicos.

Protetores solares químicos são compostos por várias substâncias que são absorvidas pela pele ao contato com os raios solares. Já os protetores solares físicos não são absorvidos pela pele.  Este tipo de protetor é considerado hipoalergênicos e indicados para bebês, grávidas e quem tem alergias. Eles são compostos por substâncias naturais, como óxido de zinco e óxido de titânio e agem como uma barreira de proteção: os raios batem, mas não penetram na pele.

Aplique o protetor solar de forma correta:
Confira abaixo os principais erros que os pais cometem na hora de escolher e aplicar o protetor solar nos filhos, de acordo com informações da médica dermatologista:
Aplicação a cada duas horas ou sempre depois do banho. Durante o dia, o protetor deve ser reaplicado, independentemente da ida à praia. O produto também deve ser reaplicado sempre após o banho da criança.
Sem economia. A quantidade de protetor solar aplicada nas crianças deve ser tal que permita uma camada homogênea por toda a pele. Também é recomendado que a aplicação seja feita antes de a criança colocar o biquíni, maiô ou calção de banho – de forma a evitar áreas descobertas pela proteção.
Sempre antes de sair de casa. Nunca espere chegar na praia para aplicar o protetor solar na criança. É importante esperar 15 minutos antes de deixar a criança se expor ao sol, para garantir uma total eficácia do produto. E o fato de proteção (FPS) deve ser, no mínimo, 30.
Horário certo. Com as crianças, ou sem, evite a exposição ao sol entre 10 horas e 15 horas.
Cuidados com os repelentes também
Como o protetor solar, os repelentes também exigem cuidados especiais de acordo com a idade da criança. Por conta da composição, a maioria dos produtos no mercado é liberada apenas para crianças acima dos dois anos, pelo risco da alergia e toxicidade, mas existem marcas voltadas aos bebês.
Para esse público, os pais devem ficar atentos a dois indicadores presentes nos rótulos: o IR3535 (insect repellent 3535) e a substância Icaridina.
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