Saúde e Bem-Estar
Doença mão-pé-boca traz sintomas que se confundem com doenças mais graves
Sintomas podem se confundir com patologias mais graves, como a rubéola. Foto: Bigstock.
O aumento no número de casos da doença mão-pé-boca em Curitiba e região metropolitana exige atenção dos pais com os sinais e cuidados com a síndrome. Embora comum e, em geral sem sequelas graves, a condição é contagiosa e pode atingir não apenas crianças, mas também adultos. Em Colombo, escolas e CMEI’s identificaram pelo menos cinco casos da doença na região nas últimas semanas.
A primeira orientação aos pais é para que busquem uma auxílio médico assim que identificarem os sinais da doença nas crianças — que são feridas na cavidade oral e boca, e manchas nas mãos e pés.
“A doença, na maioria das vezes, tem uma evolução branda e benigna. Ela também desaparece espontaneamente em alguns dias, e o tratamento é com relação aos sintomas”, explica Victor Horácio de Souza Costa Junior, médico pediatra do hospital Pequeno Príncipe.
A busca pelo posto de saúde ou médico pediatra é essencial para descartar outras condições que possam ser confundidas com a doença mão-pé-boca, como a rubéola. “A síndrome é uma doença cuja complicação é bem rara. O máximo que pode acontecer é a criança desidratar, porque com as feridas na cavidade oral, ela tem dificuldades para ingerir líquidos ou alimentos”, explica Costa Junior.
Um dos vírus responsáveis pelo desenvolvimento da doença, o enterovírus A71 costuma ter um curso benigno, segundo o pediatra, mas traz maior risco de complicações. Das principais, a criança pode desenvolver miocardite, meningite ou encefalite devido à infecção inicial. “É essencial que a criança seja levada ao médico para o diagnóstico correto”, reforça o especialista.
Cuidados com a doença mão-pé-boca:
Evite levar as crianças para escola ou creche
A transmissibilidade da doença mão-pé-boca é grande e pode acontecer pelo contato com a secreção de via respiratória, pelas feridas que se formam nas mãos e pés e pelo contato com as fezes da pessoa infectada – por isso o cuidado extra na hora da troca das fraldas do bebê, e a importância em lavar as mãos sempre.
Com o diagnóstico em mãos, evite levar a criança à escola ou creche entre 7 a 10 dias, pelo menos, quando se dá o período de contágio. “No caso dos adultos, a imensa maioria não desenvolve nenhum sintoma, mas pode transmitir a outras pessoas. Cuidado redobrado dos pais com crianças com a doença em casa”, reforça o médico pediatra.
Formas de transmissão da doença mão-pé-boca
O vírus pode ser transmitido em diferentes situações, mas principalmente:
- Beijar alguém infectado;
- Ter contato com a secreção respiratória que vem da tosse ou espirro;
- Beber água contaminada;
- Apertar a mão de alguém contaminado, sem a higienização da mesma depois;
- Ingerir alimentos preparados por alguém infectado que não fez a adequada higienização;
- Entrar em contato com os brinquedos ou objetos contaminados por alguém infectado;
- Contato com a roupa contaminada;
- Entrar em contato com as fezes durante a troca das fraldas de alguém contaminado.
“O contágio é feito principalmente na primeira semana, mas pode acontecer até os sintomas desaparecerem, ou mesmo depois. O período de contágio é bem variável, mas geralmente fica entre sete a 10 dias”, diz Victor Horácio de Souza Costa Junior, médico pediatra.
Vacina?
Não há vacina que proteja contra a infecção, e os cuidados se resumem a higienização correta e evitar entrar em contato com crianças ou adultos contaminados com o vírus.
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