Saúde e Bem-Estar
Comer emocional: você usa a comida para confortar frustrações?

Se quem tem fome emocional soubesse lidar com as suas emoções, não precisaria fazer da comida uma ‘muleta’ para seguir em frente. Foto: Bigstock.
Em situações que o ser humano se sente frustrado, triste e deprimido, segundo a psicóloga Simone Marchesini, especialista em transtornos alimentares e obesidade, a tendência é que ele procure alimentos com mais calorias, gorduras e açúcares, são as chamadas “comidas que confortam”, do inglês comfort food.
Desde muito pequena, a estudante Stephanny Mercer encontrou nos alimentos um refúgio para lidar com situações de estresse. “Na escola, sofria bullying por ser a menina ‘gordinha’, então comia bastante para suprir essa minha tristeza. Era um ciclo do qual eu não conseguia sair”, recorda a estudante. “Gostava de comer bastante brigadeiro, outros tipos de doce e coxinha”, completa.

“São só cinco minutos de uma necessidade louca por comida. Se eu superar esses cinco minutos, no sexto já vai estar tudo bem”, ensina a estudante. De acordo com Stephanny, o desafio de lidar com os alimentos de uma forma mais saudável ainda existe. É por isso que a estudante continua com acompanhamento psicológico e pratica exercícios físicos todos os dias. “Ainda é difícil controlar a ansiedade, mas eu procuro ocupar minha cabeça para não pensar somente em comida”, afirma.
Lidando com o comer emocional
De acordo com ela, a terapia cognitivo comportamental pode ser um bom caminho nessa jornada do autoconhecimento, das pessoas saberem quando estão com fome realmente ou quando estão comendo por tristeza, conhecerem as sensações do seu corpo e aprenderem a lidar com as suas emoções.