Mulheres que usam contraceptivos orais acabam de ganhar mais uma opção no vasto mercado das cartelinhas. A novidade desta são os compridos feitos com um hormônio idêntico ao produzido naturalmente pelo corpo e que prometem ajudar na redução do fluxo menstrual. O Qlaira, do laboratório Bayer HealthCare, está disponível em 26 países e foi lançado neste mês no Brasil. O estrogênio valerato de estradiol é o diferencial do produto, composto inédito nas pílulas. Ele é produzido em laboratório, sintetizado a partir de compostos vegetais e, após passar pelo fígado e ser absorvido pelo organismo, torna-se idêntico ao estradiol que é produzido pelo corpo.
“A grande vantagem de um contraceptivo oral com estrogênio natural é que o organismo feminino já está preparado para recebê-lo, o que diminui consideravelmente os impactos metabólicos”, afirma o ginecologista César Eduardo Fernandes, professor da Faculdade de Medicina do ABC e presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Estado de São Paulo. De acordo com o especialista, ao longo dos mais de 50 anos de uso da pílula, vários compostos foram testados (veja box) e a possibilidade de uso de um hormônio natural é uma importante inovação.
O segundo hormônio usado na composição do Qlaira é o dienogeste, que também tem propriedades semelhantes à progesterona produzida pelas mulheres. A cartela do anticoncepcional contém 28 comprimidos com doses variadas dos hormônios para oferecer um ciclo regular e balancear as quantidades de estrogênio e progesterona ao longo do mês. O principal benefício associado à nova pílula é a diminuição do fluxo menstrual, mas ela também auxilia na diminuição das cólicas e da ocorrência de cistos ovarianos.
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