Na maior parte das pessoas as espinhas aparecem perto dos 12 anos, têm um pico aos 15 e desaparecem aos 21. Quem tem acne na idade adulta deve ter apresentado o problema na adolescência, que persiste em uma doença crônica na fase adulta. Porém, além da genética, alguns fatores podem desencadear as espinhas, como estresse, ansiedade, depressão, ovário policístico e a ingestão de alguns tipos de medicamentos. “A diferença que encontramos entre mulheres mais jovens e as acima de 25 anos é que nas primeiras as lesões ocorrem mais nas costas e na parte superior do rosto, testa e acima do nariz. Na idade adulta, além de aparecerem mais na parte de baixo do rosto, são acnes mais inflamatórias, com menos cravos e mais agressivas”, diz o dermatologista Juliano Vilaverde Schmitt, que desenvolveu uma pesquisa em Curitiba com 103 pacientes para identificar a diferença entre as espinhas de mulheres jovens e adultas.
Além do pico da adolescência, o médico e sua equipe identificaram que perto dos 28 anos há outra fase em que as mulheres se queixam mais de espinhas. Os pesquisadores tentaram descobrir o que poderia causar esse segundo pico, investigando alguns fatores como uso de cremes, anticoncepcional, ciclo menstrual e queixa de pele oleosa. A única diferença encontrada entre os dois grupos foi o uso prolongado de pílulas, o que também não ajuda a explicar as causas. “Deixamos em aberto os motivos da acne na idade adulta. O que conseguimos identificar é que são lesões diferentes, provavelmente porque com o passar da idade as características fisiológicas da pele mudam e com isso muda o padrão da acne”, diz Juliano.(DN)
