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Conheça sobre os tipos de óleo e saiba como utilizá-los
Trata-se de uma polêmica. O óleo de canola pode ser considerado bom se avaliarmos composição e ponto de fumaça, mas sua matéria-prima é uma planta transgênica, desenvolvida especialmente para a produção do óleo. A canola é resultado de uma modificação da colza, vegetal da família das mostardas que é rico em ômega 3, mas contém ácido erúcico, que é tóxico. A alteração consistiu, portanto, em retirar o ácido da planta. Por causa de sua origem, esse óleo assusta muita gente. Mas seu perfil nutricional é considerado importante: tem boa relação entre ômega 3 e 6 e menor teor de gordura saturada. “A recomendação é não utilizar somente ele”, pondera a nutricionista Maíra Pereira Perez.
Esse óleo é rico em ômega 6, mas pobre em ômega 3 – o que prejudica a sua composição. De acordo com a nutricionista Carla Piovesan, o óleo de milho é muito utilizado na indústria e, portanto, já consumimos bastante dele. “Não recomendo cozinhar com ele, pois já está presente em nossa dieta por meio dos industrializados. Além disso, a maioria do milho produzido no país é modificado geneticamente, afirma.
Semelhante ao de milho, tem alta quantidade de ômega 6, mas nada de ômega 3. “Não é a melhor opção nem em composição, nem em ponto de fumaça”, afirma a nutricionista Carla. Não se trata de um óleo nocivo, mas recomenda-se que ele não seja a estrela da sua cozinha.
No quesito composição, é o melhor da lista. O azeite de oliva é rico em gordura monoinsaturada e pobre em saturada, o que favorece o controle do colesterol. Além disso, ainda tem polifenois, que são importantes antioxidantes. Justamente por ser tão saudável e ter um ponto de fumaça muito baixo, é preciso ter cautela ao utilizá-lo em aquecimentos mais rápidos, como grelhar. “Uma alternativa interessante para refogar alimentos é o azeite de oliva virgem, que tem ponto de saturação maior que o extra virgem, e também é benéfico para o organismo”, sugere Carla.
A maior parte da sua composição é de gordura saturada – e isso é seu ponto mais fraco e também mais forte. O dendê alcança altas temperaturas sem perder as características de composição e sabor, o que o torna uma boa opção para fazer eventuais frituras, por exemplo. Por isso, também é bastante usado na indústria. Entretanto, a gordura saturada, quando consumida em excesso, é prejudicial ao coração. Portanto, moderação é fundamental.
Campeão de consumo no Brasil, o óleo de soja tem um bom custo-benefício: é barato e tem uma composição favorável. Além disso, ele tem um ponto de fumaça mais alto, o que o torna uma boa opção para cozinhar sob temperaturas mais altas. Assim como o de milho, sua origem pode causar desconforto para muitas pessoas: a maioria da soja produzida no país também é transgênica.
Mesmo muito rico em gordura saturada, o óleo de coco se tornou queridinho no mundo fitness. Isso porque ele é convertido facilmente em energia, auxiliando na queima de gordura quando consumido antes dos exercícios. “Foi feito um marketing muito forte associando esse óleo ao emagrecimento, mas isso não é bem assim. Inclusive, o Conselho Federal de Nutrição publicou nota afirmando que ele não deveria ser usado para tratamento de pacientes”, pondera Carla Piovesan, nutricionista. Mas ele tem boa tolerância ao calor, o que o torna uma opção para o preparo de alimentos. “As recomendações variam para cada pessoa, mas não oriento que ele seja a fonte exclusiva de gordura”, afirma a também nutricionista Maíra.