O descolamento de retina é mais comum em míopes ou pós-traumáticos, além de pessoas com doenças crônicas como o diabete. A retina é uma parte nobre do olho. Nela encontram-se as células que nos permitem enxergar. O sintoma mais comum do descolamento é o aparecimento de uma mancha que dificulta a visão.
A maioria dos casos de descolamento é causada pela presença de um ou mais buracos na retina. O tratamento varia conforme o descolamento diagnosticado. Pode ser recomendado desde um simples repouso a utilização de laser, ou ainda a realização de cirurgia. Ao perceber o sintoma, deve-se procurar um médico oftalmologista para o início do tratamento.
Em geral é necessário usar uma técnica chamada vitrectomia. Esta operação corta o vítreo que está puxando a retina, removendo-o do olho. Em alguns casos, pode ser necessário a colocação de gás ou óleo de silicone para reposicionar a retina. Mais de 90% de todos os descolamentos de retina podem ser curados com a cirurgia moderna.
A doença ocular afeta com mais frequência adultos e pessoas idosas. Todos os anos a cada 10 mil pessoas, uma tem descolamento de retina no Brasil. De forma mais rara a doença pode ser hereditária e ocorrer em crianças ou bebês. A falta de tratamento precoce pode ocasionar a perda total da visão.
Entenda
Conforme a pessoa envelhece pode haver um afinamento de algumas áreas da retina. Junto a isso ocorre a contração do vítreo, provocando tração sobre a retina e, consequentemente, o aparecimento dos buracos. A contração do vítreo pode ser causada por miopia, diabete, inflamação, trauma ou com o próprio envelhecimento. Em alguns olhos o aparecimento súbito de manchas ou raios de luz, podem indicar uma contração vítrea intensa com buracos na retina.
A confirmação do diagnóstico ocorre através de um exame oftalmológico que detecta o que está se passando dentro do olho. Uma retina descolada não pode ser observada na parte externa do olho. Portanto, se os sintomas aparecerem, um oftalmologista com especialização em retina, deve examinar o paciente o mais breve possível. O oftalmologista examina o interior do olho com um aparelho chamado oftalmoscópio binocular indireto.
Fontes: Leon Gruppenmacher, professor no curso de medicina da PUCPR e Carlos Moreira Jr., professor titular de oftalmologia da UFPR e chefe do serviço de retina do Hospital de Olhos do Paraná.
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