
O cirurgião plástico americano Norman Rowe criou um procedimento de implante mamário temporário — uma espécie de “test drive” para as próteses. Com ele, é possível aumentar o tamanho dos seios sem ter de “ir para a faca”. Em seu site, o médico explica que, além de ser um dos procedimentos mais realizados em todo o mundo, o aumento dos seios é uma decisão muito pessoal e não deve ser feita de maneira apressada. Lá, ele deixa claro que é por isso que ele oferece um impulso temporário sem que seja necessária uma cirurgia. O procedimento é feito por meio de uma injeção de solução salina simples nos seios. Quando ela é absorvida, adiciona mais volume à região. O efeito dura aproximadamente 24 horas. Os clientes podem sair do consultório e voltar à rotina. O tempo de aplicação é de 20 minutos.

Para desencorajar o uso abusivo da técnica (muitas mulheres passaram a procurá-la para ter seios maiores para ir a uma festa ou à praia, por exemplo), o valor cobrado pelos médicos nos Estados Unidos é salgado: US$ 2.500 (R$ 7.775). O valor é descontado do total da cirurgia para aumentar os seios, cerca de US$ 9 mil (R$ 27.990).
Contraponto
Conversamos com o cirurgião plástico Robson Netto, que não considera o procedimento uma alternativa viável para a nossa realidade, principalmente porque as brasileiras divergem bastante das americanas quando o assunto são seios. “Enquanto para elas o importante é volume, as brasileiras preferem forma”, diz. Netto percebe que suas clientes procuram ter um colo mais destacado e com o volume necessário para ficar bonito com um vestido ou biquíni, resultado que não se consegue com o InstaBreast.
E, embora seja rápido e não cirúrgico, ele é perigoso por ser invasivo. “A injeção de substância no corpo, até mesmo de soro em grande quantidade, pode resultar em complicações. Além de ser doloroso, pode ter riscos de causar mastite (inflamação mamária) e infecção bacteriana”, comenta. O cirurgião lembra que, atualmente, a prótese de silicone é a cirurgia em que os pacientes menos apresentam queixas, principalmente pela possibilidade de se retirar o implante meses ou anos após a cirurgia. Para o teste de adaptação, o médico acredita que o sutiã com bojo já é uma boa alternativa. Ele ainda afirma que no Brasil não são usadas próteses com soro, o que nos Estados Unidos é comum como o primeiro implante.
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