Saúde e Bem-Estar
Assim como as mulheres, os homens também veem a produção hormonal reduzir com o envelhecimento. Porém, neles, o hormônio que diminui é a testosterona. Além disso, de acordo com a endocrinologista Myrna Campagnoli, como a redução do hormônio masculino é lenta e gradual, os sintomas são mais brandos. Ainda assim, causam desconfortos, influenciam algumas doenças, e comprometem a qualidade de vida. “A redução da testosterona pode acarretar riscos à saúde, como o aumento da incidência de doenças cardíacas e osteoporose, bem como a piora na qualidade de vida, causando sensação de fadiga persistente, redução da força física e da libido. Não há ganhos na redução da testosterona”, aponta.
Segundo a médica, o declínio do hormônio ocorrerá em praticamente todos os homens ao longo da vida, mas a intensidade e presença de sintomas dependerão de cada indivíduo. “Após os 60 anos, a produção de testosterona é baixa o suficiente para que quase 30% dos homens já apresentem algum sintoma”, aponta. Aos 70 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, mais da metade dos homens sofre com a deficiência e, aos 80, mais de 50% voltam a ter níveis de testosterona semelhantes aos de meninos antes da puberdade.
A reposição hormonal é recomendada aos homens que apresentam os sintomas indicados ou que tiverem fatores de risco para doenças cardiovasculares e ósseas, como histórico familiar. No entanto, é contraindicada em casos de câncer e de doenças crônicas de fígado, rim ou diabete. “Acompanhar regularmente com o endocrinologista e urologista é fundamental”, diz.
A partir dos 65 anos ocorrem três quartos dos casos de câncer de próstata no mundo, segundo o Instituto Nacional do Câncer, o que o caracteriza como um câncer da terceira idade. Estima-se que no ano passado mais de 60 mil novos casos foram diagnosticados no Brasil.
Diagnóstico
Confira as diferenças nos exames do câncer de próstata:
PSA screening
• PSA: A prova do antígeno prostático é um componente do sêmen produzido pela próstata. A verificação da dosagem é feita por um exame de sangue que, quando alterado, pode indicar câncer. No entanto, o diagnóstico deve ser complementado com o exame do toque.
• Toque retal: Através da verificação manual do tamanho e rigidez, o médico pode constatar a presença de nódulos ou áreas endurecidas característicos da doença. Estes nódulos podem estar no organismo sem que o exame de sangue aponte alterações no PSA. Em fase inicial, o câncer não apresenta sintomas urinários em até 85% dos pacientes. Por isso a importância do toque.
Biópsia
• Solicitada apenas em casos suspeitos, para a confirmação do diagnóstico. É um exame relativamente invasivo, com a retirada de 12 pequenas amostras do tecido prostático, por meio de uma agulha. Habitualmente, o paciente é sedado para o procedimento.
Fonte: Fernando Lorenzini, urologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.
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