Saúde e Bem-Estar

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Gazeta do Povo
21/11/2013 02:04
Transplante de medula é novidade para o tratamento da esclerose
A esclerose múltipla é uma doença crônica e autoimune, caracterizada por um processo inflamatório nos neurônios. O tratamento convencional com medicação abrevia a fase aguda e aumenta o intervalo entre um surto e outro. O transplante de medula é a mais recente novidade, e trata-se de um método de imunossupressão em altas doses. Após retirar as células-tronco da medula óssea e aplicar uma carga intensa de quimioterápicos, para destruir a medula que não funciona adequadamente, os médicos fazem o transplante das células-tronco saudáveis, para que a nova medula funcione normalmente.
O médico hematologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, José Zanis Neto, explica que a fonte de células progenitoras pode ser tanto a medula óssea quanto o sangue periférico. “A destruição desses compartimentos anormais, seguida da reconstituição imunológica através da infusão de células-tronco, sem as células autorreativas, pode levar à remissão da doença”, diz.
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Midazolam
Para atingir maior eficácia na execução de exames de tomografia em crianças, que exige imobilidade total, o pesquisador Eduardo Mekitarian Filho, da Faculdade de Medicina da USP desenvolveu um método de sedação mais eficaz e menos invasivo que o hidrato de cloral, “que possui efeitos colaterais e um tempo prolongado de recuperação”, segundo ele. O trabalho foi publicado no Journal of Pediatric se revelou que o Midazolam pode ser injetado pelo nariz, em um processo semelhante ao dos descongestionantes nasais, e possui um tempo de ação mais curto e efeitos colaterais previsíveis.
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Kit fissura
Porções de casca de laranja seca, cravo, canela, uva-passa e semente de abóbora são alternativas que ajudam a afastar o vício do cigarro, porque deixam um gosto forte na boca, que não combina com o tabaco.
Os especialistas recomendam a quem está tentando parar de fumar que tenham algumas deles à mão para os momentos mais críticos.
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Síndrome do Adolescente Normal
Isto não é uma doença, mas identifica características próprias da idade, como a busca pela identidade; tendência grupal (buscar a aceitação dos amigos); pensamento de agora ou nunca (demandas que parecem urgentes, mas que não são); pensar por hipóteses (pensar nas consequências das atitudes); flutuações de humor; evolução da sexualidade; crises religiosas e separação progressiva dos pais. As informações são de Gerson Coelho, pediatra e professor da Universidade do Sul de Santa Catarina, palestrante no 36º Congresso Brasileiro de Pediatria, ocorrido de 8 a 12 de outubro, em Curitiba.
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Dor torácica
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Estudo traz nova perspectiva para o combate à anemia no Brasil
Pesquisa brasileira publicada em setembro no Journal of Water Resource and Protection traz uma possibilidade de tratamento contra a anemia e deficiência de ferro no país. Liderada pelo médico doutor em fisiologia e professor da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, José Eduardo Dutra de Oliveira, a equipe do estudo avaliou o nível de ferro em crianças de dois a seis anos de 31 pré-escolas de Ribeirão Preto (SP) desde o início da década de 1990. Durante oito meses, as crianças consumiram água fortificada com ferro, que apontou a redução da anemia. O resultado comprovou que a água transporta o ferro melhor que outros meios tradicionais na fortificação, como a farinha de trigo, farinha de milho e soja. “Sais de ferro têm um preço baixo, são solúveis em água, de fácil preparação e deveriam ser conhecidos e aceitos como uma solução comunitária preventiva racional, prática e efetiva para a anemia de ferro, um problema ainda grande em países subdesenvolvidos e em desenvolvimento”, diz o artigo.
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30% das jovens adolescentes brancas norte-americanas, na faixa de 15 a 18 anos, usam camas de bronzeamento; e quase 17% usam frequentemente, segundo estudo do Centro de Prevenção e Controle de doenças dos Estados Unidos, publicado em agosto na Jama Internal Medicine. Entre as mulheres brancas de 18 a 34 anos, quase 25% usam as camas; e 15% o fazem com frequência. O bronzeamento artificial tem sido associado ao câncer de pele, especialmente o melanoma. O risco é maior entre os mais jovens e os que a usam com frequência.
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Câncer de pâncreas causado por inflamação é desvendado
Pesquisadores da Clínica Mayo de Jacksonville, na Flórida, desvendaram o processo pelo qual uma inflamação crônica do pâncreas, a pancreatite, se transforma em câncer de pâncreas. O estudo, publicado no jornal online The Journal of Cell Biology, mapeia a forma como a inflamação força células acinares no pâncreas – aquelas que produzem as enzimas digestivas – a se transformar em células ductais. Essas células passam por mutações que podem resultar em maior progresso do câncer de pâncreas, diz o autor principal do estudo, o bioquímico e biólogo molecular Peter Storz. “Não sabemos por que essas células se reprogramam, mas pode ser porque produzir enzimas em um órgão danificado por uma inflamação pode causar mais danos”, diz ele.
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Análise do som da tosse de criança diagnostica pneumonia
A análise da tosse de uma criança pode indicar se ela está com pneumonia ou não. A descoberta, feita por cientistas da Uni­­ver­sidade de Queensland, na Austrália, promete levar o diagnóstico rápido da doença pa­ra os postos de saúde e para pontos re­motos, onde a assistência médica é deficiente.
Udantha Abe­yratne e seus colegas desenvolveram uma técnica simples, que consiste em gravar a tosse da criança com um microfone e analisar o som em um programa de computador. Os pesquisadores descobriram que a infecção altera as propriedades acústicas da tosse de uma forma tal que permite identificar características específicas da pneumonia.
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Contra o alcoolismo
A ondansetrona, substância comumente utilizada para evitar náusea em pessoas que estão sob quimioterapia, teve sua eficácia testada no tratamento de dependentes de álcool. Em estudo realizado no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP, o médico João Maria Corrêa Filho verificou sua ação em dose maior do que vem sendo utilizada e comprovou o retardamento do consumo de álcool, além da redução de sintomas de depressão e do desejo pelas bebidas alcoólicas.
Ele também descobriu quais são os fatores que mais levam alguém a seguir ou a deixar o tratamento:
Deixam o tratamento
• Mais novos
• Com história de alcoolismo precoce
• Quem tem maior histórico familiar de alcoolismo
• Aqueles com menos sintomas depressivos
• Com maior gravidade do alcoolismo
Seguem o tratamento
• Preferência pela cerveja
• Tabagismo
• Idade mais elevada
• Assiduidade no grupo do AA
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2.243 crianças e adolescentes de até 14 anos foram hospitalizados em consequência de intoxicações e envenenamentos no Brasil apenas entre janeiro e agosto deste ano, segundo a ONG Criança Segura. A Região Norte do país foi a que mais apresentou casos: 773 (34,43%), segundo informações retiradas do Datasus, banco de dados do Sistema Único de Saúde. O Sul foi a região que menos registrou hospitalizações por envenenamento no período: 158 (7,04%). A população entre 10 e 14 anos foi a mais afetada, com 805 hospitalizações. Os meninos representaram 60% dos casos.
Guardar todos os produtos de higiene e limpeza, venenos e medicamentos trancados, fora da vista e do alcance dos pequenos e saber quais plantas dentro e ao redor de sua casa são venenosas, removendo-as ou deixando-as inacessíveis são algumas dicas da ONG Criança Segura.
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A deficiência de GH (hormônio do crescimento) possui várias origens, mas a mais comum são os traumas durante o parto, segundo dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Na hora do nascimento, se o bebê está com a cabeça voltada para dentro, de modo a sair por último do útero, no momento em que o médico puxa, pode haver uma ruptura da haste hipofisária, uma estrutura que liga a hipófise (glândula que produz o GH). Nesses casos, pode haver deficiência de produção deste hormônio.