Saúde e Bem-Estar

Mapeando as veias

Adriano Justino
25/07/2005 01:20
O diagnóstico de varizes é feito por meio de exame clínico – o médico avalia os membros inferiores da paciente em pé – e com um aparelho chamado eco doppler, que avalia o grau de comprometimento dos vasos com precisão e mostra a origem dos problemas de dilatação. Similar a uma ecografia, esse recurso faz o mapeamento das veias superficiais, define seu tamanho, verifica se o sangue está circulando na direção correta e o funcionamento das válvulas das veias, responsáveis por garantir a volta do sangue dos membros inferiores para o coração.
Como degraus de uma escada, essas válvulas facilitam a subida do sangue – um movimento que desafia a gravidade – abrindo facilmente para a passagem em direção ao coração e fechando-se para a descida. Se a veia está dilatada – variz –, a válvula não funciona direito, o sangue não sobe totalmente e uma parte se acumula nas pernas e coxas. É um círculo vicioso: quanto maior o volume extra de sangue, mais dilatada fica a veia e a válvula se afrouxa cada vez mais.
O resultado é o aparecimento das veias azuis na pele – pequenas, conhecidas popularmente como varicoses ou microvarizes e, nos casos mais graves, as varizes tronculares.
Prevenção
Quem tem propensão genética para ter varizes as terá em menor ou maior grau. Mas alguns fatores como a gestação, trabalhar muitas horas em pé e alterações hormonais – como o uso de anticoncepcionais e de tratamentos de reposição hormonal – podem maximizar o problema. A meia elástica, ao contrário do que pensam alguns, não previne varizes mas reduz bastante o desconforto causado por elas. “Depois de feita a operação e retiradas algumas veias problemáticas, a probabilidade de ter novas veias dilatadas é proporcional à idade”, informa o cirurgião vascular Jorge Rufino Timi.