A diálise peritoneal (DP) alcança os mesmos resultados da hemodiálise e pode ser feita em casa. Em vez de retirar as impurezas do sangue por meio da circulação do líquido fora do corpo, na DP o trabalho é realizado com um tubo que é colocado no abdômen dos pacientes. “A pessoa pode se movimentar e o soro especial injetado é trocado a cada seis horas”, explica o presidente da Fundação Pró-Renal, Miguel Riella, um dos médicos que trouxe a DP para o Brasil em 1980. O tratamento também pode ser aplicado à noite, enquanto os pacientes estão dormindo.
Apesar das vantagens, este tipo de terapia é realizada por apenas 10% dos pacientes com insuficiência renal e que dependem de transplante no Brasil. São cerca de nove mil pessoas que compõem um índice ainda muito baixo. Para Riella, razões médicas e econômicas dificultam a expansão da DP no país. Ele afirma que, além dos profissionais não estarem tão treinados para o método, as pessoas chegam tardiamente para se tratar nos hospitais, o que acaba exigindo o encaminhamento para a hemodiálise.
A DP ainda é mais cara e os valores obtidos por médicos e clínicas são menores. “Temos que tirar qualquer diferença de incentivo econômico e detectar mais precocemente os problemas renais crônicos”, defende o médico. “O ideal seria termos pelo menos 30% dos pacientes tratados por DP.”
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