‹ Serviço: nutricionistas Maria Emília Suplicy, (41) 3244-3233 / Flávia Bulgarelli, do Espaço Leve, www.espacoleve.com.br.
Devorar fast foods, exigir o tempo todo guloseimas e fazer cara de nojo para verduras e legumes. Esse é o drama de muitas famílias diante dos hábitos errôneos de seus pimpolhos. Mas os nutricionistas são implacáveis em julgar quando o assunto é um possível distúrbio alimentar nas crianças: a culpa é dos pais.
“As famílias precisam ter uma alimentação saudável para passar aos pequenos. Eles copiam tudo o que fazem os adultos”, afirma Maria Emília Suplicy, nutricionista infantil em Curitiba. “E os pais também não podem se enganar com o mito de que bebê gordinho é bebê saudável”, alerta.
A vida moderna dificulta costumes saudáveis como sentar à mesa – e não em frente à televisão – para fazer as refeições. E muitas vezes é mais fácil comprar lanches a investir tempo na escolha de leguminosas nas gôndolas do supermercado.
Na prática, um dos erros mais comuns é deixar os pequenos o dia inteiro com pacotes de bolacha, chocolates e outros alimentos calóricos demais e vazios de nutrientes. Outro é simplesmente não perceber quando as crianças não param entre as brincadeiras para comer. E o pior não é o peso na balança, mas sim a falta de educação alimentar que, levada à vida adulta, é uma das principais causas de doenças.
Os pais também precisam estar atentos para possíveis chantagens das crianças com a comida. “Um equívoco comum entre as mães que trabalham fora é querer compensar o tempo distante de casa pela comida, ‘eu não estava aqui, mas trouxe essa bolacha para você’. No final, as crianças dominam os pais por meio da alimentação. Isso não é bom para nenhuma das partes”, alerta Suplicy.
De acordo com a nutricionista, ensinar as crianças a comer de forma saudável não tem nenhum segredo. É preciso apenas estar atento a detalhes – como dar de cinco a seis refeições por dia e não insistir para que comam mais quando já estão saciados – e monitorar a alimentação oferecida na escola.
“E os pais precisam continuar em casa o que as crianças aprendem com os professores. Não adianta passar o dia inteiro comendo correto e quando a mãe vai buscar a criança à tarde chega com um pacote de salgadinho. Todo o esforço para educá-la se perde”, lembra Suplicy.
Mas as mudanças não precisam ser drásticas. “A gente vê que algumas famílias não gostam de conselhos como evitar a fritura, já que as pessoas às vezes estão habituadas com esse tipo de alimentação. A proposta nesses casos é ir alterando aos poucos as refeições, sem deixar de comer tudo o que gostam, mas de forma ponderada”, anima Flávia Bulgarelli, nutricionista do Espaço Leve em São Paulo.
denised@gazetadopovo.com.br
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