Saúde e Bem-Estar

Teste genético aponta risco de desenvolver Alzheimer

Estadão Conteúdo
22/03/2017 10:03
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Com teste genético, será possível identificar os riscos de adquirir a doença., o que pode melhorar o diagnótico e o tratamento. Foto: Bigstock

Pesquisadores internacionais disseram nesta terça-feira  (21) que encontraram uma maneira de avaliar o risco genético de uma pessoa de desenvolver o Mal de Alzheimer em uma determinada idade, uma ferramenta que poderá levar a um melhor diagnóstico e tratamento.
Um estudo publicado na revista PLOS Medicine se baseou em dados genéticos de mais de 70.000 pacientes com Alzheimer e de idosos sem a doença que participaram de vários grandes estudos globais sobre demência.
A doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência, afetando cerca de 47 milhões de pessoas em todo o mundo, e não tem cura nem nenhum tratamento eficaz.
A maioria das pessoas com a doença começa a mostrar sintomas a partir dos 60 anos, mas casos mais raros de início precoce podem aparecer a partir dos 30 anos.
“Para um dado indivíduo, uma dada idade e informação genética, podemos calcular o seu risco anual ‘personalizado’ para o desenvolvimento do Mal de Alzheimer”, disse o coautor Rahul Desikan, instrutor clínico na Universidade da Califórnia.
“Ou seja, se você ainda não tem demência, qual é o seu risco anual para o início do Mal de Alzheimer, com base na sua idade e informações genéticas”, explica.
Mais pesquisas são necessárias antes de que o teste possa ser disponibilizado ao público.
Além disso, os pesquisadores observaram que suas bases de dados incluíam principalmente pessoas de ascendência europeia e, portanto, não puderam prever com precisão o risco de Alzheimer em outras etnias, incluindo afro-americanos ou latinos.
“Essa limitação é um produto lamentável dos estudos genéticos disponíveis”, disse o coautor Chun Chieh Fan, médico do departamento de ciência cognitiva da Universidade da Califórnia, em San Diego.
“Para ter um bom desempenho preditivo, a escala de risco genético requer uma grande quantidade de dados (…), mas atualmente apenas as coortes europeias atingiram essa massa crítica”, acrescenta.
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