O hipocondríaco é um sujeito normalmente visto de forma engraçada. Dá bons personagens de filmes e novelas e costuma virar piada da família. “Mas acaba sendo trágico, porque não há argumentos que provem que ele não tem a doença que acredita”, afirma o psiquiatra Dagoberto Hungria Requião.
Ele não acredita nos exames que o desmentem e troca de médico com freqüência. “O circuito do hipocondríaco inclui sacola cheia de exames, lista enorme de medicamentos que já tomou e uma lista de médicos aos quais já foi.”
Com as páginas sobre saúde proliferando na internet, surgiram os hipocondríacos virtuais, ou cibercondríacos. Nem todos chegam a ser patológicos, mas usam a rede para buscar dados sobre doenças, exames, remédios e compartilhar experiências. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos detectou um aumento de 37%, nos últimos dois anos, no número de hipocondríacos on-line, chegando a cerca de 160 milhões de pessoas em 2007.
A empresa Harris Interactive entrevistou 1.010 adultos para realizar a pesquisa, que revelou que o cibercondríaco procura a internet pelo menos seis vezes por mês e na metade delas obtém resultado. Pelo menos nos Estados Unidos, 58% dos tais cibercondríacos discutem com seu médico o que descobriram em suas pesquisas.
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