Sem pré-teste
Como algumas reações adversas podem ocorrer mesmo com volumes pequenos, da ordem de 1 ml, isso inviabiliza a indicação de teste alérgico ao meio de contraste antes da realização do exame, pois ocorreriam todos os eventos relacionados a essas reações durante este pré-teste.
Como agem
Os contrastes são substâncias que salientam as densidades e contrastes naturais entre os tecidos por meio de energias absorvidas e refletidas, avaliando vascularização e perfusão. Isso facilita a visualização de determinadas estruturas, a detecção e a caracterização de lesões nos diversos sistemas.
Usos mais comuns
Usa-se contraste quando indicado por um médico especialista em diagnóstico por imagem, em radiologia convencional (como na seriografia do esôfago, estômago e duodeno, enema opaco, uretrocistografia e histerossalpingografia), tomografia computadorizada (abdominal e encefálica), ressonância magnética (hipófise, fígado e rins), medicina nuclear (cintilografia óssea e tireóide) e ultrassonografia (para realce de determinadas lesões).
Três tipos
São utilizadas, basicamente, três substâncias na radiologia: sulfato de bário, iodo e gadolínio. Os contrastes podem ser positivos (iodados e sulfato de bário) e negativos (ar, O², CO²) e administrados por via endovenosa, especialmente os iodados em tomografia computadorizada e o gadolínio na ressonância magnética; e por via oral ou retal, utilizando-se o sulfato de bário.
Quanto se utiliza
É utilizado de 1ml a 2ml de contraste por kg/peso, quando aplicado endovenoso. As indicações são clínicas e decididas pelo radiologista a partir do contexto do exame, a condição clínica do paciente e a urgência do procedimento diagnóstico e/ou terapêutico.
Função renal
O metabolismo dos contrastes iodado e gadolínio por via endovenosa se dá por via renal. Em pacientes com esta função comprometida há um risco de piora da condição com o uso do contraste iodado e de ocorrência de fibrose sistêmica nefrogênica com o uso do gadolíneo.
Se houver dúvida sobre a saúde da função renal, o ideal é fazer o exame de creatinina sérica.
Excreção pela urina
A substância é excretada pela urina (99%), mas também pelo fígado, glândulas salivares, lágrima e pele (1%).
Reações adversas
Há contrastes iodados, iônicos e não iônicos com diferentes propriedades físico-químicas que podem causar reações adversas, como ocorre com todos os medicamentos. As reações podem ser divididas em leves, moderadas e severas. As leves são as mais comuns (85%) e caracterizam-se por pápulas, prurido cutâneo e espirros. Estima-se que a taxa de mortalidade seja de dois para cada milhão de pacientes. A frequência de reações é maior em indivíduos com história de alergia e asma e com antecedentes de reação prévia aos meios de contraste.
Maior frequência
As reações ocorrem em maior frequência no uso de contrastes de alta osmolaridade (em 5% a 15%). Atualmente, usa-se contraste de baixa osmolaridade, com os quais se observa a ocorrência de reações adversas em 0,2 % dos pacientes.
Sem substitutos
Não há substituto ao contraste para realizar determinados exames de imagem e a substância. Quando corretamente aplicada, é imprescindível à prática clínica e ao diagnóstico correto.
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