A maioria dos pais coloca as crianças para dormir em ambientes e posições de risco para óbitos infantis, como de lado ou de bruços, em superfícies macias e camas soltas. O alerta foi feito pela Academia Norte-Americana de Pediatria, a partir de um estudo publicado pela instituição, em agosto. De acordo com a pesquisa, esses ambientes e posições podem causar a síndrome da morte súbita infantil, principalmente entre bebês.
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Foram analisados 160 bebês quando tinham um mês de idade, 151 bebês quando atingiram os três meses e 147 no sexto mês de vida. Dos bebês com um mês, os pesquisadores descobriram que 91% dormiam com itens soltos e não aprovados, como roupas de cama inapropriadas, excesso de almofadas e bichos de pelúcia no berço. Essa prática chegava a 87% dos bebês com três meses de idade, e 93% para os bebês com seis meses.
As rotinas de cada família foram gravadas, e mesmo sob a câmera, os pais continuaram adotando medidas inseguras para os filhos. De cada faixa etária, 21, 10 e 12% dos bebês foram colocados para dormir em superfícies não recomendadas no primeiro, terceiro e sexto mês de vida, respectivamente. Além disso, 14, 18 e 33% não foram colocados para dormir de barriga para cima – outro erro, conforme as recomendações de segurança da Academia.
Quando eram movidos durante à noite, os bebês acabavam em posições mais arriscadas do que antes, de acordo com os dados da pesquisa. A melhor posição, de acordo com a entidade norte-americana, continua sendo de barriga para cima, recomendação também adotada pelas entidades brasileiras.
No Brasil, a Pastoral da Criança lançou a campanha ‘Dormir de Barriga para Cima é mais Seguro’, que recomenda, além da posição de barriga para cima, evitar o excesso de roupas e fraldas que possam dificultar o movimento do bebê e superaquecer seu corpo, deixar os braços do bebê livres, para fora das cobertas, para evitar que deslize pela cama e fique com a cabeça embaixo da coberta e deixar a cama livre de almofadas, travesseiros e ‘cheirinhos’, bichos de pelúcia e outros brinquedos que dificultem a respiração do bebê.
Síndrome da Morte Súbita Infantil – Trata-se da morte inexplicável e repentina do bebê, diagnosticada por exclusão, de acordo com informações da Pastoral da Criança. Também conhecida como “morte do berço”, a síndrome comumente acontece quando o bebê está cochilando ou dormindo, e é uma das maiores causas de mortes até um ano de idade.
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