Saúde e Bem-Estar

Suplementação de vitamina D. Quem precisa tomar?

Talita Boros Voitch
02/04/2017 14:00
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Assunto controverso na medicina, a carência de vitamina D é quase “epidêmica” em cidades como Curitiba, onde os dias de sol são escassos. Embora não sirva como comprovação científica, uma análise feita com uma pequena amostragem de pacientes no Hospital Nossa Senhora das Graças mostrou que pelo menos metade da população da capital se enquadra nos grupos com insuficiência ou deficiência de vitamina D.
A dúvida é: todas essas pessoas precisam suplementação? O endocrinologista André Vianna explica que hoje a maioria dos médicos ainda opta por tratar tanto os pacientes que possuem apenas insuficiência quanto os que têm deficiência de vitamina D. “Mas hoje já existem estudiosos que dizem que apenas as pessoas que possuem deficiência devem ser tratadas. De qualquer forma, a tendência ainda é tratar os dois casos”, diz.
É consenso entre os especialistas que a deficiência de vitamina D deve ser obrigatoriamente suplementada, principalmente porque a falta do nutriente está ligada a maior chance de desenvolver osteoporose em adultos. Em crianças, a deficiência pode causar raquitismo, já que a vitamina D é um elemento importante do componente ósseo do corpo. Há estudos que tentam relacionar a falta de vitamina D a outras doenças mais graves como diabetes e câncer, mas nada ainda foi comprovado.
Como saber se você tem carência de vitamina D?
A identificação do problema é feita por meio de exame de sangue comum. A partir do momento que foi diagnosticado a insuficiência ou deficiência de vitamina D, o endocrinologista recomenda a medicação. “A suplementação hoje é feita em comprimidos, cápsulas e até líquido. A suplementação endovenosa não é segura no Brasil”, afirma Vianna.
Segundo o especialista, é comum a recomendação de uma dose maior de vitamina num primeiro momento, para depois manter apenas uma dose menor de manutenção. Quem já foi diagnosticado com insuficiência ou deficiência deve fazer acompanhamento anualmente.
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