Saúde e Bem-Estar

Três a quatro copos de bebida alcoólica aumentam tolerância à dor, diz estudo

Redação
23/06/2017 11:26
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Pesquisadores britânicos compilaram 18 estudos que relacionavam a bebida alcoólica a resistência à dor (Foto: Bigstock)

Bebidas alcoólicas aumentam a resistência à dor. Embora esse seja um pensamento popular, pesquisadores da Universidade de Greenwich, em Londres, o confirmaram. Uma revisão de 18 estudos envolvendo 404 participantes, em que foram comparados testes de resistência à dor, mostrou que as bebidas, quando ingeridas em uma quantidade que variam de três a quatro copos, produzem uma elevação – ainda que pequena – de resistência à dor, provando uma função analgésica.
Os estudos pesquisados mostram ainda que, quanto maior a quantidade de álcool circulando na corrente sanguínea, maior também é o efeito analgésico. “Juntando todos os estudos, os resultados sugerem que o álcool tem um efetivo analgésico, que possibilita reduções na intensidade de dores clinicamente relevantes”, explica o estudo, divulgado no fim de 2016 pela revista científica Journal of Pain.
O alerta dos autores do artigo, porém, é com relação ao uso inadequado da bebida em pessoas que sofrem com dores persistentes – apesar das consequências potenciais para a saúde que esta prática pode trazer a longo prazo.
“O efeito analgésico mais forte da bebida alcoólica acontece quando se atingem níveis que excedem as diretrizes da Organização Mundial da Saúde para o consumo dessas bebidas. Isso sugere um aumento no cuidado e na conscientização do consumo do álcool e no consumo de outras intervenções à dor que sejam menos prejudiciais a pacientes vulneráveis”, reforça os autores da pesquisa.
Cerveja previne infarto?
Outra função não tão conhecida das bebidas alcoólicas, especialmente da cerveja, é a prevenção à doenças cardiovasculares, como o infarto. Um estudo da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, mostrou que o consumo moderado da bebida poderia reduzir as chances do evento cardíaco.
Foram entrevistados 80 mil chineses adultos e saudáveis durante seis anos. O efeito benéfico da cerveja foi na redução do declínio natural de níveis de HDL, conhecido como o colesterol bom. Estando presente por mais tempo no organismo, o HDL ajuda na retiradas das gorduras do sangue, retardando as doenças cardíacas.
Mas, vale lembrar a quantidade: os participantes que bebiam apenas duas latas de cerveja por dia tinham efeitos mais benéficos. Acima disso, os resultados de proteção ao coração não foram tão perceptíveis.
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