Mascote Fit

Saúde dos pets

Alimentação, ambiente, rotina: saiba como esses fatores influenciam o bem-estar dos pets

Patrícia Sankari
23/05/2024 14:29
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É preciso estar atendo aos sinas e limites do seu animal. | Freepik

Se antes havia uma separação clara entre humanos e seus animais de estimação, hoje os bichos estão tão integrados à vida de seus tutores que são considerados membros da família. Aqueles que viviam do lado de fora da casa conquistou espaço dentro. Os que já estavam dentro passaram a ter direitos a ocupar todos os cômodos. Todos começaram a ter regalias: camas, mantas, brinquedos, móveis etc. No entanto, estar dentro de casa e ser paparicado não se reflete em bem-estar.
"A intenção das pessoas sempre foi boa, tentando dar o melhor e agradar os pets. Mas elas acabam tendo uma visão de bem-estar baseada no que faz sentido para os humanos, e não necessariamente no que é bem-estar para os animais, não respeitando as espécies e as necessidades de cada uma delas", explica Ana Elisa Arruda Rocha, médica veterinária no UniCuritiba.
Segundo Mariana Scheraiber, médica veterinária parceira da Mascote Fit, o bem-estar, em termos práticos, é primeiramente respeitar as particularidades das espécies, como os hábitos alimentares e necessidades de cada animal. “Por isso, é essencial estudar bastante sobre o comportamento da espécie que vai por dentro de casa e ver se tem condições de atender à demanda”, complementa Ana.

Alimentação

Esse é um ponto crucial para garantir o bem-estar do seu pet. Cães são carnívoros facultativos, enquanto os gatos são carnívoros obrigatórios, o que significa que a proteína animal é fundamental na dieta dos gatos. Por isso, o ideal seria fornecer carne para eles de forma regular.
Segundo Ana, a ração seca não atende à necessidade fisiológica da espécie, pois os gatos ingerem menos água do que os cães, por exemplo. Portanto, é essencial que a água esteja presente na alimentação. "Para suprir essa carência, é necessário trabalhar sempre com alimentação úmida. Pode ser um alimento completo e úmido, ou até mesmo uma alimentação natural programada".
No caso dos cachorros, a médica veterinária também defende a introdução de alimentação natural. “Tudo isso é relacionado à saúde intestinal. Apesar de a ração ser balanceada e ter nutrientes, falando em energia e vitalidade, o alimento – preparado da forma correta e especificamente para o animal - é melhor para a saúde e bem-estar do pet. Hoje em dia, já tem produtos comerciais disponíveis para pets com alimentos natural, preparados da forma correta, embalado a vácuo. São opções que já vêm com uma suplementação básica para a idade e a espécie do animal”.

Ambiente e rotina

Ter espaço físico e promover uma rotina para o pet é primordial para manter o bem-estar. “Passeios diários com os cães e caixas de areias limpas e espaçosas para os gatos é o básico para a higiene das espécies”, explica Mariana.
Animais que vivem em ambientes estressantes tendem a ficar estressados também. “A ansiedade nos pets pode ser demonstrada de diversas formas – animais muito agitados tendem a latir o dia todo, e até mesmo destruir os móveis de casa. Já outros animais podem demonstrar que não estão bem com sinais depressivos, dormindo o dia todo, por exemplo”, afirma Mariana.
Por isso, é importante manter a rotina dos pets. “Para cães, eles gostam muito de caminhar, passear, correr, cavar. Então, eles têm que ter enriquecimento ambiental”, explica Ana Elisa. Ela ainda afirma que a convivência com animais da mesma espécie faz bem, desde que a adaptação seja feita aos poucos e com cuidado.
“Já os gatos gostam de enriquecimento ambiental vertical. Então, ter prateleira, ter arranhador, ter toca no alto da parede, são características diferentes que fazem com que o animal se sinta mais protegido e aumente a sensação de bem-estar”.  

Cuidado com a humanização excessiva

O carinho da forma com que nós estamos acostumados a receber, às vezes, para o animal pode fazer com que ele se sinta incomodado. "É preciso conhecer seu animal, e não deixar ele 'sufocado'", afirma Ana.
Além disso, os acessórios também devem ser um ponto de atenção. “Muitos laços, muito elástico na cabeça, botinha, sapatinho, carrinho de bebê – exceto em casos em que o animal não está em condição de andar –, chupetas, são coisas bem disfuncionais. Essas humanizações extremas podem causar estresse e ansiedade e prejudicar o pet, gerando problemas como obesidade, problemas respiratórios, problemas intestinais, problemas de pele crônicos, entre outras. Todas essas doenças, nesse caso, podem ter um fundo emocional”, explica Ana.
“Meu conselho é: conhecer a espécie e respeitar seus limites comportamentais e metabólicos de saúde. Isso é fundamental para manter uma relação harmoniosa e para manter o bem-estar do animal”, complementa Mariana.

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