Animal
Alerta: sinais mostram se o cachorro ou gato estão obesos e precisam de ajuda
Algumas raças, como bulldog, são mais propensas à obesidade. Foto: Bigstock.
Se você desconfia que o seu pet pode estar ficando obeso, repare na cintura: a principal característica de que o excesso de peso deixou de ser saudável é quando o cão ou gato perde aquela “cinturinha” natural e acaba se tornando uma “mesinha de centro”, diz a médica veterinária e consultora do Grupo Ipet, Cibele Erreiras Ruiz.
O excesso de peso é preocupante para todas as raças (mas principalmente para as que já têm propensão ao problema, como labrador, pug, beagle, buldogue inglês, entre outros) e poucos quilos a mais (um ou dois), segundo ela, já são sinal de alerta.”A obesidade animal nada mais é que o acúmulo excessivo de gordura nas zonas de depósito de tecido adiposo. Um excesso igual ou superior a 20% já indica obesidade”, explica.
Sinais claros
De acordo com Cibele, a melhor maneira de o tutor ficar alerta — e buscar auxílio de um veterinário — é observando o animal. “Se o corpo estiver muito arredondado, apresentando acúmulo excessivo de gordura, principalmente no tórax, cintura e base da cauda e se as costelas não estiverem visíveis e fáceis de apalpá-las, é hora de tomar as primeiras providências”. Outros indicativos são o animal pedir comida várias vezes ao dia, não gostar de se exercitar e dormir muito.
Os tutores devem ter cuidado especial depois da castração — o metabolismo diminui e alguns animais ganham peso e têm dificuldades para perder os excessos. “Alguns cães ficam um pouco mais preguiçosos, então, cabe ao tutor manter a rotina de exercícios e alimentação balanceada”
Controle quantidades. E dê menos petiscos
Uma mania de muitos tutores pode deixar o gato ou cão mais pesado em pouco tempo: ficar dando “só um pedacinho” de alimentos comuns aos humanos. “O correto é dar ração ou comida caseira balanceada. Com esse tipo de alimento, dificilmente o animal necessitará de vitaminas, aminoácidos e minerais”, fala. Alimentos como cenoura crua, chuchu e maçã, diz Cibele, podem ser usados como lanchinhos e petiscos, mas sem exageros. Rações light e diets só devem ser usadas sob orientação veterinária, para casos em que o pet necessita emagrecer.
Porcionar a alimentação é outra orientação da veterinária — não encha o pote sempre que ele estiver vazio e siga a quantidade de gramas necessárias por dia indicadas no rótulo da ração (que varia conforme o peso e quantidade de atividade física diária).
“O excesso de alimento faz com que em curto prazo o animal ganhe peso. Racionar a alimentação do cão adulto em pelo menos duas refeições diárias, de acordo com sua idade e peso, previne obesidade”, ressalta Cibele.
Passeie e brinque
Passear algumas vezes ao dia, levar o cão para correr e interagir com outros animais em parques e praças também previne a obesidade. Só cuidado quando o animal já está acima do peso. “Comece de maneira gradual e prefira atividades de baixo impacto, como caminhada, natação ou hidroesteira”, indica Cibele.
Já os gatos, segundo ela, não devem passear na rua. Mas isso não significa que o exercício não deva fazer parte da rotina diária.
“O tutor pode introduzir o enriquecimento ambiental dentro de casa, instalando prateleiras nas paredes, arranhadores, para escalar. Você pode colocar alguns petiscos (ou até mesmo uma pequena refeição de ração seca) em brinquedos interativos que exigem que o gato role o brinquedo para obter o alimento” ensina.
Esconder comida pela casa e usar varinhas de pena, fala Cibele, também proporcionam exercícios aos bichanos.
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