Comportamento

Estudo mostra que homens são mais preconceituosos no Facebook

Redação
08/04/2016 14:17
Thumbnail

Pesquisa revela que conteúdo que eles postam tem teor mais agressivo e preconceituoso do que os posts das mulheres. Foto: Viusalhunt

Comentários agressivos e preconceituosos no Facebook são atribuídos mais ao gênero masculino do que às mulheres. Isso não significa, no entanto que elas não “pesam” a mão na hora de se expressar, mas sim que o gênero feminino é mais dissimulado e menos direto ao escrever nas redes sociais, fazendo com que a percepção agressiva não aconteça de imediato.
Pesquisa avaliou durante um ano 463 usuários da rede, todos voluntários. Foto: Visualhunt
Pesquisa avaliou durante um ano 463 usuários da rede, todos voluntários. Foto: Visualhunt
A conclusão é do estudo intitulado “Internet: Desvendando criativamente a discriminação”, liderado por pesquisadores da Universidade Rovira i Virgili, em Tarragona, na Espanha. A pesquisa analisou 463 usuários da rede, de 17 a 24 anos. Os participantes eram voluntários, moradores do Reino Unido, Espanha, Tomênia, Itália e Bélgica e sabiam que seus perfis estavam sendo monitorados.
LEIA TAMBÉM
Durante o período de um ano, foram escritos 363 posts com conteúdo preconceituoso. As mensagens foram analisadas e classificadas em um ranking de “intensidade de discriminação” – em um nível de 1 a 5, do mais leve ao mais grave.
Os textos mais agressivos falavam contra minorias étnicas e raciais: mais de 70% desse tipo de ofensa estavam nos níveis 4 e 5, sendo que autores eram, em sua maioria, homens. Segundo a pesquisa, a maioria das mulheres alcançaram o nível 3 de preconceito.
Os pesquisadores, porém, detectaram uma realidade peculiar: as mensagens deles, por serem mais diretas, tendem a ser mais denunciadas e logo excluídas, já as delas, sobrevivem por mais tempo na rede por não serem tão agressivas, embora não deixem de ser preconceituosas.
Divulgada na revista Comunicar, a pesquisa mostra que a Internet é um reflexo do preconceito da vida real na rede. Resta saber se o estudo vai ter algum reflexo na consciência das pessoas, independente do gênero.