Comportamento
Slime: geleca feita em casa é brinquedo terapêutico para pais e filhos
Pais devem supervisionar brincadeira de crianças pequenas para evitar acidentes. Foto: Bigstock
Não é exatamente uma massinha. Se parece com uma geleca. A diferença está em alguns dos ingredientes utilizados e também na moda. E a tendência agora é o “slime”, uma massa viscosa que pode ser feita em casa com diversas cores, texturas e brilhos e ser amassada até cansar.
A bibliotecária Sônia Bernini, 46, anos foi impactada pela filha Julia Manzalli dos Santos, de 12 anos que trouxe a receita para casa e “contaminou” a família inteira. De tanto ensinar os amigos a fazerem, aliás, Julia criou a própria empresa para ensinar a técnica. Agora, faz oficinas em festas de aniversários e, em parcerias com empresas, ministra oficinas em diversos locais.
“Ela sempre foi muito empreendedora, aos sete anos já fazia pulseiras para vender. Agora com a moda do slime testou várias receitas até descobrir uma que dava muito certo para ensinar nas oficinas”, diz contanto que a filha também vende os potinhos da “geleca”.
Sônia acompanha a filha nas oficinas e também no suporte da empresa criada para vender as oficinas e o produto. “Ela mesmo começou a fazer recreação e ofereceu para mãe de uma amiga”, conta. A oficina ministrada por Júlia nos aniversários custa R$ 30, com material incluso.
Tem efeito terapêutico?
O smile precisa de poucos ingredientes para ser produzido: cola, água, bicarbonato de sódio, glitter e corantes. Caso algum acidente aconteça e a a criança coloque a mistura no cabelo, por exemplo, é só deixar bastante tempo embaixo da água morna para amolecer e sair naturalmente.
Também tenha cuidado na escolha da receita e jamais use borato de sódio (bórax), considerado altamente tóxico pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
No entanto, para evitar imprevistos, vale lembrar que a brincadeira deve ser feita com crianças acima de 5 ou 6 anos e que já tenha consciência de que o brinquedo não pode ser levado à boca ou ao cabelo.
Já sobre o efeito terapêutico do brinquedo, a orientadora pessoal e Master Mentoring em Coaching Corpo e Mente, com pós-graduação em psicologia transpessoal, Wanessa Moreira, explica que o slime tem efeitos terapêuticos, sim.
“E começa desde a etapa da produção do slime, feita em casa, artesanalmente gerando autonomia para quem realiza essa atividade, já que ela vai experimentando a textura ideal, cores, e tamanho”, diz, ressaltando que, de maneira lúdica, essa atividade traz interação e resultado.
Além, disso, complementa a terapeuta, própria brincadeira com o slime, acaba trazendo uma sensação diferente para o tato, uma tranquilidade para quem brinca e um conforto para a família, que se diverte em conjunto.
Ainda assim, é importante falar com o médico da criança para conferir alguma eventual pré-disposição para alergias de alguns dos ingredientes utilizados. E claro, orientar para que o produto não seja ingerido.
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