Jeito Animal

Pedro Fontoura*

Sucesso que vem da gentileza e da compreensão

Pedro Fontoura*
05/04/2024 17:03
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Walter Mello de Vargas e Pedro Fontoura, quando este foi condecorado com a medalha Cinquentenário das Forças de Paz no Brasil. | Divulgação

Hoje, mais do que nunca, compreendemos a importância de uma abordagem gentil no adestramento de cães. Como fundador da Jeito Animal, tenho dedicado minha vida a essa causa, e recentemente fui honrado com a medalha Cinquentenária das Forças de Paz do Brasil pelo compromisso com a conscientização com relação à educação e ao bem-estar animal.
A honraria criada pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz premia ações que fazem a diferença na sociedade. A homenagem foi entregue a mim, primeiro adestrador positivo do país a ser condecorado, na Câmara Municipal de São Paulo, no dia 20 de fevereiro, mas representa o trabalho de toda uma equipe.
Receber esta medalha das mãos de um oficial é um reconhecimento que transcende o pessoal, refletindo o impacto coletivo do nosso trabalho de conscientização sobre a educação canina gentil e livre de punições. Este momento simboliza a essência do que acreditamos na Jeito Animal: que a compreensão, o respeito e a gentileza podem, de fato, transformar vidas.

Adestramento positivo

Existem vários métodos de adestramento no Brasil, mas a Jeito Animal usa o positivo, baseado em pesquisas científicas e difundido por veterinários e comportamentalistas respeitados mundialmente.
No adestramento positivo, os tutores participam ativamente do processo, assistem às aulas que são feitas na casa deles e colocam em prática os exercícios que são ensinados. De maneira simplificada, o aprendizado se dá com reforço positivo: brincadeiras, carinho ou alimentos, como petiscos ou a própria ração.
Broncas e punições como aplicar castigos, produtos amargos, borrifadores de água, dar sustos, restringir a convivência com a família ou até usar violência física (como tapas e cutucões) podem parecer soluções rápidas, mas seus efeitos são nocivos. A confiança entre tutores e cães é prejudicada, porque o animal associa negativamente a interação com os tutores e isso gera insegurança.

Negócio

Colocar essas relações nos trilhos é a missão da Jeito Animal. Já transformamos a relação de mais de cinco mil famílias dentro e fora do país, com aulas e consultas presenciais e online.
A empresa curitibana foi fundada em 2015, na época com outro nome, e se tornou Jeito Animal em 2017. Hoje, é a segunda maior franqueadora de adestramento positivo do Brasil e a primeira com equipe interdisciplinar (veterinários psiquiatras e adestradores trabalhando em conjunto).
Já são 19 franqueados espalhados pelos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Minas Gerais e Amazonas, além do Distrito Federal. As equipes atuam com adestramento de pets (cães, gatos e outras espécies), consultas psiquiátricas, terapias integrativas (aromaterapia, floral, acupuntura), vacinação low stress e uma linha de produtos.
Mas o propósito da Jeito Animal não é só disponibilizar serviços que resolvem problemas de comportamento dos pets. É levar informação e direcionar as pessoas para que possam ensinar e entender as necessidades de espécie do seu pet, atuando também na prevenção.
Por isso, nos dedicamos todos os dias na produção de conteúdo gratuito para conscientização de tutores – conteúdos que chegam a quase 220 mil seguidores engajados nas redes sociais – e mantemos conteúdo online de qualidade, como a coluna mensal dedicada a vocês leitores da Revista Pinó.
Pedro Fontoura é biólogo comportamentalista e educador pet.