Conceito slow fashion marca segundo dia de desfiles do Minas Trend
Bruna Covacci
06/04/2016 22:00
Lino Villaventura, Confraria e Lucas Magalhães desfilaram no segundo dia de Minas Trend. Fotos: Agência Fotosite.
Lino Villaventura trouxe para a passarela do Minas Trend o que tem de maiscomercial, uma mistura das suas marcas Lino Villaventura e Villaventura. Com o intuito de mostrar a usabilidade das suas criações, deixou de lado a parte cênica e dramática, incluindo os acessórios de cabeça e cabelos conceituais. A justificativa é fácil: “O que eu trago para cá é para a cliente comprar na minha loja e usar sem medo. É pronto”, disse.
Além de peças casuais, o estilista mostrou opções para usar à noite ou numa festa. “Percebi que as mineiras gostam de roupa de festa, então apresentei uma coleção mais exuberante”, explicou. Os looks funcionam como um quebra-cabeça: rendas, mousselines, tecidos telados, plissados e patchworks se juntam aos bordados e ao alinhavo para compor uma roupa só. A modelagem fluida conta com a ajuda de recortes estratégicos, tecidos telados ou transparência para exalar feminilidade e sensualidade. “Gosto do preto e branco para o verão, mas entendo que as outras cores não podem ficar de fora”, comentou. As estampas artísticas também foram um ponto forte do desfile.
A marca de bolsas Confraria trabalhou com o desejo feminino, trazendo peças que combinam com todas as situações: pequenas, grandes, estilo baú ou saco. Seguindo o conceito do slow fashion, responsabilidade social e sustentabilidade, a linha apresentada na passarela é handmade e feita com junco (fibra nativa da Amazônia).
Nas peças com pegada navy a predominância é azul, vermelho e branco. Destaque também para as tramas, tressês manuais de couros variados elaborados em palhinha – técnica utilizada na confecção de cadeiras antigas.
Lucas Magalhães, veterano da passarela mineira, trouxe o seu clássico tricô com uma pegada repaginada para o verão. Agora, o trabalho aparece misturado com couro e renda. Texturas e nuances coloridas lembram a arte. Não à toa, a inspiração do estilista foi o trabalho da artista americana Mary Heilmann – reconhecida por combinar cores com primazia.
A predominância é do comprimento é mídi. As estampas são geométricas, um dos vestidos — no desfile editado num look como saia, poás são rebordados com pérolas azuis. As cinturas são marcadas.
Estreante do Minas Trend, a Viva é a marca jovem do grupo Vivaz. Quem está à frente da grife é Isabela Faria, 23 anos, filha da empresária Elisabeth Faria. Do DNA da marca mãe Isabela levou para o novo projeto algumas características importantes, como a moda festa. Num conceito prático, alguns dos vestidos são dupla face e feitos em cetim duchese. Shapes lânguidos foram apresentados em tecidos fluidos. Caftans e vestidos evasês deixam a mulher romântica. A alfaiataria tem dois momentos, casual, com mousselines e para à noite, em zibelines. Peças de moletom com renda deixam a produção com cara de moderninha, os bordados acrescentam elegância.
Entre a cartela de cores aparecem o rosa quartzo, azul serenity, camelo, preto e branco. A borboleta, que representa o desabrochar da mulher Viva aparece pintada à mão, bordada, em bolsas e até na maquiagem.