“Cortar o cabelo me libertou”, diz a modelo Kátia André
Bruna Covacci
24/11/2016 20:15
Kátia André está de volta a Curitiba para participar do desfile da marca Veine, no ID Fashion, evento que acontece nesta quinta-feira (24), no Museu Oscar Niemeyer. Depois de estrear nas passarelas na cidade, no Pátio Batel Fashion Walk, a paulista de São José dos Campos deu o que falar durante a São Paulo Fashion Week, contabilizando 10 desfiles e abrindo apresentações de estilistas importantíssimos como Valdemar Iódice.
No backstage, o look da marca Veine que a modelo usará no desfile.
A cabeça raspada é o seu marco, ela é uma modelo de personalidade. “Eu quase desisti por causa disso. Na agência de modelos os cabelos diferentes, piercings e tatuagens não eram bem vistos”, conta. A antiga ideia de deixar os cabelos compridos e naturais têm mudado aos poucos, prova disso são as cores fantasia que integraram o casting do estilista João Pimenta na SPFW. A cabeça raspada foi uma consequência. “Tinha feito um Joãozinho e depois cansei, aí raspei”, lembra. Depois de deixar as madeixas de lado, Kátia disse que se sente mais livre e contente por poder encorajar muitas mulheres a serem elas mesmas. “Eu não sou mais ou menos mulher por ter cortado os cabelos. Eu me sinto mais feminina e sensual hoje do que antes”, diz. Segundo ela, cada vez mais as marcas procuram modelos que não sejam apenas um ‘cabide’. “Os estilistas querem que as pessoas se enxerguem com as roupas deles, se identifiquem. A personalidade nunca foi tão valorizada”, lembra. Depois das apresentações em São Paulo, a modelo tem sido apontada como ícone da moda sem gênero, do empoderamento e da libertação feminina. A carreira da modelo vai tão bem que não devemos vê-la na próxima edição da SPFW, que deve acontecer em março mas ainda não tem data confirmada. Seu booker, Mauro Perez, diz que deve levá-la para Nova Iorque.