Moda e beleza

Bruna Covacci

Cabelo “Joãozinho” de Elis Regina é sinônimo de liberdade feminina

Bruna Covacci
23/11/2016 20:30
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Elis Regina. Foto: Agência Globo. | GAZETA

Elis Regina (1945-1982) surgiu como um furacão na crista dos anos 1970. Revolucionou. Referência pela voz e pela atitude é uma das grandes representantes da onda unissex que o mundo viveu na época e voltou com tudo com o movimento genderless atualmente. Com a estreia do filme “Elis” de Hugo Prata, na quinta-feira (24), cabeleireiros lembram o quanto os cabelos refletem o comportamento da sociedade e mostram muito da personalidade de quem os usa.
Atriz Andreia Horta vive Elis Regina nos cinemas. Foto: Agência Globo.
Atriz Andreia Horta vive Elis Regina nos cinemas. Foto: Agência Globo.
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“Agora os homens estão deixando os cabelos crescer e as meninas apostando em cortes curtinhos. É a prova da liberdade e do fim dos estereótipos”, diz o cabeleireiro das estrelas Celso Kamura. Para ele, a escolha da cor e do corte dos fios representa a identidade de cada um. Diferentemente dos anos 1970, atualmente o visual é mais aceito e menos impactante. “Quando a cantora deixou o seu pescoço nu e agregou sensualidade a pele à mostra, seu corte de cabelo foi considerado por muitos uma aberração – tão coisa de menino que leva o nome ‘Joãozinho’”, diz a hairstylist e visagista do W Crystal, Nata Cunha. “Hoje em dia ele é considerado ultramoderno”, completa.
Cena do filme que estreia nesta quarta-feira. Foto: Agência Globo.
Cena do filme que estreia nesta quarta-feira. Foto: Agência Globo.
Por muito tempo as mulheres ficaram presas ao estereótipo de que apenas o cabelo comprido é o feminino e sensual, hoje elas cortam os fios para expressar a sua liberdade e estampar sua força e autonomia. “O comprimento dos cabelos não faz ninguém mais ou menos mulher”, diz Polliana Abade, hair stylist do Fio-Fio Beauty Club, que vê a tendência crescer no salão e nas ruas. “Cortar as madeixas também é um desapego. É a busca pelo mais prático e pela liberdade”, diz. Democrático, o corte vai bem no dia a dia e até no tapete vermelho e pode ser usado por mulheres de todas as idades.  “Para cortar curto a mulher tem que ter segurança e gostar do que vê quando se olha no espelho, porque o pixie ressalta as características do rosto”, fala. O cabelo curto ainda tem a vantagem de ser prático, dispensando muito tempo para secá-lo, escovas ou chapinhas.
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