Academia de Curitiba cria aula inspirada em treinamento militar dos EUA
Isadora Rupp
26/02/2018 07:00
A modalidade BootCamp, febre nos Estados Unidos, se inspira nos intensos treinos do exército norte-americano. Foto: Bigstock
Revezamento de exercícios resistidos, air bike, remo e esteira, divididos em circuitos com descansos quase inexistentes: tudo isso monitorando os batimentos cardíacos, visíveis para o praticante em um telão. Essa é, basicamente, a proposta do Rise BootCamp — o espaço traz a Curitiba a modalidade BootCamp, febre nos Estados Unidos e que se inspira nos intensos treinos do exército norte-americano.
Os 45 minutos da aula dão a sensação de “missão cumprida” — o praticante tem pouco espaço para descansos. Tudo isso para manter o batimento cardíaco em 85% da frequência máxima — que é a zona em que, de acordo com estudos, há mais queima calórica, e de gordura, pelo corpo.
“O objetivo é variar entre a zona de 85% do batimento cardíaco e abaixo dessa, para a pessoa não ‘quebrar’ no treino e conseguir fazer a aula de 45 minutos. A ideia de diminuir e aumentar a frequência é queimar muita caloria e estimular a queima calórica em descanso”, explica o sócio do Rise BootCamp, Maurício Cervenka.
É a mesma lógica do Hiit — treinamento intervalado de alta intensidade, que divide o tempo de estímulo e recuperação e costuma ser mais curto. No Rise BootCamp, a aula dura 45 minutos. ” A máxima de ficar muito tempo praticando exercício já morreu. O que faz você queimar caloria são os treinamentos mais curtos e intensos. Assim, sobra mais tempo para a pessoa fazer outras coisas, além de conseguir se organizar melhor para treinar”.
O treino
O praticante recebe no início da aula uma cinta com o monitor cardíaco — com os dados de peso e idade, é feito o cálculo para se chegar ao número que indica 85% da frequência cardíaca máxima (a conta padrão é 220 batimentos menos a idade), e pode acompanhar em uma tela o seu rendimento — um relatório é enviado por e-mail no fim de cada aula.
Os circuitos se dividem em períodos na esteira, air bike e remo (em intensidades que vão de 1 – leve, até 3, intensa), intercaladas com um circuito de três sequências de exercícios resistidos — nada diferente do que já é praticado em modalidades como a Calistenia e o Crossfit: flexões de braçoo, agachamentos e saltos são a base.
Alguns exercícios, como a remada, são feito com halteres. Mas sempre com pouco peso. “O foco é a execução do movimento e a intensidade, nunca sobrecarga”, explica Maurício. Logo, o BootCamp é indicado para quem quer reduzir gordura, melhorar o condicionamento físico e conseguir definição muscular, e não hipertrofia.
Segundo Maurício, é possível conseguir um excelente resultado praticando três vezes por semana com regularidade, ou duas vezes se combinada com outras práticas. Para quem tem uma meta grande de emagrecimento, Maurício diz que é possível realizar o treino cinco vezes por semana sem risco de lesões, “já que diferentes grupos musculares são trabalhados”, salienta.
Restrições
O Bootcamp só não é indicado para pessoal com algum problema cardíaco, já que a frequência chega praticamente ao nível máximo. Para quem tem o aval de um médico para realizar atividade física, o treino está liberado. E sem restrições de idade. “Nós adaptamos o treino, e cada um vai no seu ritmo”, garante Maurício.
Serviço
Rise Bootcamp (Rua Augusto Stresser, 1.619 — Juvevê). Valores: de R$ 170 a R$ 330 (conforme plano e frequência). É possível fazer uma aula avulsa por R$ 30.