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Nos rótulos, açúcar se esconde em 20 nomes diferentes

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02/04/2019 11:00
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O açúcar aparece nos rótulos com diversos nomes. Fique atento e evite consumir muito dele. Foto: Bigstock.

Se você quer reduzir a ingestão diária de açúcar, não basta procurar apenas pelo termo “açúcar” na lista de ingredientes.
O alimento, que interage no cérebro de modo a levar  a alterações semelhantes às drogas estimulantes, embora em menor magnitude, pode aparecer em 20 nomes diferentes, segundo a publicação “Especial Açúcar que você não vê”, do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec). Os nomes vão de A a X.
Faça o teste e veja se você conhece todos os nomes utilizados para se referir ao açúcar presente nos alimentos industrializados:
– Açúcar branco/refinado
– Açúcar bruto
– Açúcar de confeiteiro
– Açúcar cristal
– Açúcar invertido
– Açúcar mascavo
– Caldo de cana
– Dextrose
– Frutose
– Glicose
– Glucose de milho
– Lactose
– Maltodextrina
– Maltose
– Mel
– Melaço/melado
– Néctares
– Sacarose
– Xarope de malte
– Xarope de milho

 Além de ter o conhecimento sobre as diferentes denominações o ideal é evitar o consumo exagerado. Seja lactose, dextrose, mascavo ou invertido, pessoas que consomem açúcar em excesso tendem a desenvolver as chamadas doenças crônicas não transmissíveis (DCNT).

Em relação às crianças, a restrição é ainda mais importante: a recomendação é de não tenham nenhum contato com o açúcar nos 12 primeiros meses de vida – e isso vale de iogurtes a bolachas. O principal motivo é a influência negativa do açúcar sobre a formação do paladar e da dieta.

No organismo

Veja para onde vai o açúcar que você consome e as possíveis consequências do abuso:
Fígado
O órgão retém a glicose, e o excesso é transformado em gordura. A reserva de gordura causa ganho de peso.
Pâncreas
Libera insulina, que auxilia a entrada de glicose nas células. Insulina em excesso favorece o ganho de peso.
Dentes
Bactérias se alimentam de açúcar e produzem ácido que destrói os dentes, provocando cáries.
Cérebro
Na presença do açúcar, deflagra sinais nervosos e libera serotonina, considerada um “boom” de prazer e que causa dependência.
Uma dica importante é reduzir aos poucos a quantidade de açúcar na alimentação para que o paladar se adapte a esta redução. No entanto, é preciso tomar cuidado com os adoçantes. A nutricionista Ana Paula Bortoletto afirma que não há evidência que essa substituição traga vantagens para a saúde e, assim, o paladar continua habituado ao sabor adocicado.

“Isso estimula as pessoas, principalmente as crianças, a preferir alimentos com sabor mais doce”, diz a nutricionista.

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