Saúde e Bem-Estar

Preconceito ainda é o principal desafio enfrentado pelos portadores de epilepsia

Redação
29/03/2018 15:16
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(Foto: Bigstock)

Ao menos 1% da população mundial tem epilepsia e, no Brasil, a estimativa é que três milhões de pessoas apresentem a condição.  Por mais que seja uma doença conhecida do público, ainda há muito preconceito e desconhecimento sobre ela.
Especialistas alertam que a condição, e o preconceito, afetam a qualidade de vida dos pacientes — muita gente acha que, durante uma crise, a pessoa vai se engasgar, ou que ela a patologia é transmissível.  Embora seja um momento intenso, as convulsões podem ser controladas por quem estiver perto, mantendo a pessoa em segurança e contando o tempo de duração da crise. Caso ultrapasse cinco minutos, é importante chamar um médico.
A primeira crise é mais preocupante, porque pode indicar a epilepsia ou ser o sinal de uma infecção mais grave. Pode ainda estar relacionado a alguma batida na cabeça ou ser o indicativo de doenças neurológicas, como tumores ou ainda um Acidente Vascular Cerebral (AVC).
Com o diagnóstico de epilepsia, as crises surgem por uma série de fatores. Às vezes são indicativos de uma noite mal dormida, desidratação, estresse, etc.

Dúvidas sobre epilepsia?

O que é? A epilepsia é uma doença neurológica, que acontece quando há uma desorganização entre os neurônios, afetando o funcionamento de um grupo deles, de acordo com informações da Academia Brasileira de Neurologia. O tipo de crise está relacionado à área do cérebro com essa disfunção.
O que desencadeia? A doença se desencadeia por um somatório de fatores, inclusive o fator genético. O meio pode influenciar quando a pessoa sofrer um trauma, batida na cabeça, se tiver problemas durante a gravidez, e o próprio envelhecimento pode ser um fator de risco. O pico de maior incidência de novos casos ocorre na infância e na velhice, depois dos 60 anos. Outra condição que pode desencadear a epilepsia é a neurocisticercose, uma infecção parasitária acometida pela ingestão de alimentos ou água contaminados e mãos sujas.
Tratamento? Para cada tipo de crise, existe um remédio específico, com uma dosagem também individual. Tomar o remédio, porém, não é garantia que o paciente fique sem crises. Às vezes, a pessoa tem uma epilepsia chamada de refratária, e as crises continuam apesar do tratamento. Para essas pessoas, não é preciso ter medo, nem preconceito, nem abrir suas bocas, apenas esperar que a crise passe, e mantê-la segura.

O que fazer em caso de uma crise de epilepsia?

Atenção, segurar os braços da pessoa, a língua ou tentar dar água ela podem piorar o quadro e não são atitudes recomendadas.
1. Mantenha a calma.
2. Coloque a pessoa deitada de lado com a cabeça elevada.
3. Tire de perto da pessoa objetos perigosos, para evitar que ela se machuque.
4. Não introduza nada em sua boca, e não tente prender a língua da pessoa com uma colher ou outro objeto. Não existe o perigo de a pessoa engolir a própria língua.
5. Não dê nada para a pessoa beber ou comer.
6. Espere a respiração do paciente se normalizar e ele querer se levantar.
7. Chame uma ambulância caso a crise dure muito tempo (mais de cinco minutos), seja seguida por outras crises ou se a pessoa não recuperar a consciência.
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