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A analista de sistemas Gerusa Matos, de 31 anos, passava em frente a uma pizzaria quando encontrou uma caixa com cinco cachorrinhos sem raça definida. Como é protetora de animais, não teve dúvida em levá-los para casa. Na hora de escolher o nome da nova família, o local do encontro serviu de inspiração. Assim surgiram os irmãos Peperone, Mussarela, Calabresa, Marguerita e Toscana.
Associar o nome do animal ao local em que ele foi encontrado é tão comum quanto fazer referência às suas características físicas. Exemplo disso é Elizabeth Papastamatiou, bancária aposentada de 52 anos, dona de seis cães e 13 gatos, alguns deles com nomes bastante incomuns. Entre os cães, todos SRD, está Buiú, que recebeu este nome por ser “tenebroso de feio”. Já Capitu – a indecisa – não tinha ‘olhos de ressaca’, mas foi recolhida pois ficava perdida, atravessando a rua o tempo todo, sem saber para que lado ir.
A estrela da festa, no entanto, é Gisele Bündchen. “Quando a encontramos, era muito magra, não tinha musculatura e nem conseguia andar. A veterinária achou que ela não sobreviveria, mas hoje está bem”, explica Elizabeth. Quando os meninos que voltam da escola passam na frente do portão ainda a chamam de “magrela”. Entre os gatos estão as irmãs Pepê e Neném, a bela Luma (de Oliveira) e o veloz Rabisco, que quando passa correndo é tão rápido que só se vê o risco.
Tradição familiar
Se um nome faz bastante sucesso em determinada família, existe quem decida repetir a fórmula. Pancho, Pancho II e Pancho III – o do meio é rottweiler e os outros vira-latas – foram cães extremamente queridos na família Lafuente. “É um nome bonito e simples, porque o cachorro precisa entender que está sendo chamado”, explica a matriarca e dona de casa Tereza, de 72 anos. Mas na hora em que foi preciso nomear um novo cachorro, embora parte da família quisesse um novo Pancho, a ala que pedia mudança prevaleceu. O novo mascote, um boxer, se chama Toby.
No caso da família de Jandira Bohlke, dona de casa de 53 anos, o primeiro cachorro, um cocker, já veio com nome de Einstein. Se o antigo dono teve algum motivo especial para a escolha não se sabe, mas o fato é que o nome foi adotado. Com dois filhos formados na área de exatas – um é professor de Matemática, outro de Física – o nome veio bem a calhar. Quando Einstein cruzou, os dois filhotes que ficaram com a família deram seguimento à tradição, sendo batizados de Arquimedes e Galileu. O único cachorro macho da família que não é cientista é o vira-latas Tobias. Ele foi retirado das ruas e batizado justamente pelo filho que é internacionalista e não trabalha com exatas. E se um novo cachorro chegar na casa? O nome já está pré-definido para continuar a tradição: Copérnico.
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