Comportamento

Conheça a melhor quadra pública para jogar basquete em Curitiba

Katia Michelle
05/02/2017 11:32
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João Assis interrompeu o treino profissional para se dedicar aos estudos pré-vestibular e agora usa as quadras públicas para jogar. Foto: Katia Michelle

João Assis, de 17 anos, treinava no time da escola e queria ser jogador profissional de basquete. Teve que “dar um tempo” no esporte para se dedicar aos estudos pré-vestibular, mas não queria parar de treinar. Encontrou na Praça Brigadeiros do Ar Mário Calmon Eppinghaus a quadra perfeita para os seus arremessos. “Além de bem preservada tem segurança porque fica ao lado do módulo policial”, conta.
Ele frequenta a praça – cuidada pelos jogadores de basquetes assíduos há mais de duas décadas – desde quando começou a se interessar pelo esporte, aos 12 anos, e mesmo conhecendo outros locais públicos para jogar, garante que essa é uma das preferidas pelos jogadores de plantão. “Como tem iluminação, às vezes venho até a noite. Na sexta-feira, tem jogo da meia-noite às 3 da manhã”, diz.
João Assis joga basquete aos domingos de manhã e avisa: "é só chegar". Foto: Katia Michelle
João Assis joga basquete aos domingos de manhã e avisa: "é só chegar". Foto: Katia Michelle
Para jogar, não é preciso ser um aspirante aos Lakers. “É só ir chegando”, conta o estudante, confessando, no entanto, que há uma certa animosidade de quem joga muito bem, mesmo não sendo profissional, para os menos favorecidos nos arremessos. Ainda assim, como é muito difícil reunir um time completo, quem vai chegando se junta ao jogo, sem muita cerimônia.
O pai do estudante, Antônio Assis, faz questão de acompanhá-lo aos domingos de manhã, enquanto os outros jogadores não chegam. Na quadra vazia, João dá um show de técnica, garantindo treino e diversão. Os dois nem moram tão perto assim da praça. Fazem um trajeto de mais de meia hora de carro para chegar ao local. “Mas vale a pena porque a quadra é muito bem preservada e quem joga tem um nível bom”, conta reforçando que sempre incentivou os filhos a gostarem de esportes.
João e Antônio elogiam a preservação e segurança da quadra: "Dá para jogar até de madrugada". Foto: Katia Michelle
João e Antônio elogiam a preservação e segurança da quadra: "Dá para jogar até de madrugada". Foto: Katia Michelle
Longe da tradição americana de jogar basquetes nas quadras públicas, o Brasil ainda quica no incentivo ao esporte, mas tem dado bons exemplos. A seleção nacional masculina foi campeã mundial duas vezes e a feminina também já conquistou o título. O esporte, que começou a ser praticado em ginásios fechados no já distante século 19,  com duas singelas cestas de frutas pregadas a 3,05 m de altura,  atualmente é aclamado por milhares de pessoas no mundo todo
Em Curitiba, quem quer fugir dos clássicos jogos da TV e dos filmes que abordam o esporte tão clássicos quanto (quem ainda não viu “Homens brancos não sabem enterrar”, melhor não ir às quadras) pode arriscar as cestas da Praça 29 de Março e na rua Costa Risca, no Bacacheri, além da Praça Brigadeiros do Ar Mário Calmon Eppinghaus . Basta levar a bola e começar a driblar. Não paga nada.