O importante, entretanto, é escolher o que você quer com calma para não se arrepender depois. Isso porque a remodelagem ou a remoção de uma tattoo são possíveis, mas não são simples.
Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo (SBCP-SP) com 378 cirurgiões plásticos, entre abril e maio deste ano, aponta que 37% dos cirurgiões já realizaram algum procedimento para remoção de tatuagens. “Hoje é mais fácil fazer uma tatuagem. Existem mais estúdios à disposição e com condições de limpeza e segurança que tranquilizam o cliente. Mas a tatuagem continua sendo definitiva e, se feita de forma impulsiva, pode gerar algum tipo de arrependimento”, afirma o cirurgião plástico Fernando de Almeida Prado, presidente da SBCP-SP e idealizador do levantamento.
Entre os três principais motivos alegados pelos pacientes para remover o desenho, o principal é ter enjoado da tatuagem (54%) seguido pela dificuldade para conseguir emprego (36%). Cerca de 12% optam pela remoção porque a tatuagem é o nome do ex-namorado(a).
O tatuador Christian Name, proprietário do Organic Tattoo Studio e especialista em tatuagem maori explica que a possibilidade de modificar um desenho depende da região onde ela foi feita. Nas costas, os desenhos pequenos e médios podem ser cobertos com mais facilidade. Já em regiões menores, não há espaço para a cobertura. “Na virilha, por exemplo, não há muito o que se fazer.”
Mas para que o efeito seja o desejável, mesmo em partes mais extensas do corpo, o ideal é clarear a tatuagem em sessões de laser e depois cobrir a mesma região com a imagem escolhida.
Os quase dez anos de experiência deram a Name o conhecimento para recusar a fazer alguns trabalhos. “No lábio, no seio, na lateral do pé e dos dedos, por exemplo, nem pensar. Dou o melhor em tudo o que eu faço e a garantia do meu trabalho, por isso, hoje em dia, não aceito mais alguns pedidos”, revela Christian.
