Saúde e Bem-Estar

Cirurgia de Bochecha está entre as mais procuradas no Brasil

Camila Rehbein
22/02/2016 08:00
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Para muitas pessoas, ser “bochechudo” não é sinônimo de elogio e muito menos uma característica que deva ser valorizada. Segundo dados da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (IASPS), o Brasil lidera o ranking de cirurgias plásticas no mundo e uma delas tem tomando espaço entre as preferidas no país, a Bichetectomia.
Pode parecer um pouco estranho num primeiro momento, mas o nome deriva de uma estrutura de gordura localizada nas bochechas chamada “bolas de Bichat”, e que são retiradas na cirurgia. De acordo com o cirurgião e traumatologista bucomaxilofacial do Instituto de Cirurgia Ortognática de Curitiba, Dr. Éber Stevão, a retirada dessa estrutura não traz riscos ao paciente, pois possui função mecânica. “É importante entender que essas estruturas têm uma função basicamente mecânica, servindo de coxim para facilitar a movimentação de um músculo em relação ao outro no movimento de sucção e mastigação”, explica.
Feita geralmente com fins estéticos, a bichetectomia também pode ser uma opção para quem costuma mordiscar a parte interna da bochecha. Nessa cirurgia, o médico realiza um corte que pode variar de 1 e 3 cm na parte interna da boca e são retiradas as bolas de Bichat. “O procedimento pode ser feito com anestesia local, dura em média 1 hora e não há cicatriz externa”, ressalta o cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, Tiago Ribeiro. Segundo os especialistas, não há contra indicação para a realização do procedimento, que é feito com anestesia local.
Stevão apenas ressalta que a retirada dessa estrutura é irreversível e tem como função afinar horizontalmente a face do paciente. “A mudança é delicada, sutil, porém com uma resposta estética que é facilmente percebida. Felizmente, ou infelizmente, a cirurgia é irreversível. Uma vez retirados os corpos adiposos de Bichat, o paciente até pode engordar e ter certo impacto sobre a face, mas essa estrutura anatômica em particular nunca mais será a mesma”.