Raízes Paranaenses
Lange,Turin: empreendimento resgatará legado de dois dos mais importantes artistas paranaenses
Torre Turin, que terá 18 andares. | Divulgação
A série Raízes Paranaenses resgata a história e o trabalho de Lange de Morretes e João Turin em seis partes. Ainda não está acompanhando? Comece conhecendo melhor Lange de Morretes e João Turin. Depois, entenda como eles se tornaram pioneiros da modernidade, saiba mais sobre o lado cientista de Lange de Morretes e conheça o Paranismo.
Curitiba ganhará em breve um empreendimento que fará um verdadeiro resgate da obra de dois dos mais importantes artistas paranaenses: o escultor João Turin e o pintor e desenhista Frederico Lange de Morretes. O empreendimento Lange,Turin, da GT Building, será composto por torres que prestarão homenagens a cada um dos artistas.
“Este projeto é um princípio ativo de que uma cidade, mais que um ponto na cartografia do mundo, cortada por rios ou ruas, é, sobretudo, perpassada por camadas de tempo com as memórias de seus habitantes, seus visitantes, sua cultura e sua arte”,define a curadora do projeto, Rafaela Tasca.
A curadoria, segundo ela, busca trazer a hospitalidade como um organismo, estabelecendo uma “homenagem a dois artistas intérpretes do Paraná e do clima subtropical, que expressam o território com suas intensas poéticas”, explica Rafaela.
As obras de Turin e Lange de Morretes que decorarão o empreendimento serão mescladas com obras inéditas de artistas contemporâneos.
“A intenção é que haja um diálogo com uma obra específica ou com o legado dos dois. Buscamos uma diversificação de técnicas através de fotos, gravuras, desenhos, obras para mural, de forma que o projeto consiga captar a sensação que estes dois expoentes da arte paranaense trouxeram através de suas obras.”
Ainda em fase inicial, o lançamento contará ainda com uma nova praça que nascerá no encontro da Rua Desembargador Motta com a Avenida Visconde de Guarapuava, onde o petit-pavé de Lange estará inserido, assim como esculturas da animália de Turin em escala real. “Uma praça é uma poética em si, pois é um remanso para o movimento acelerado das ruas de uma metrópole”, aponta Tasca.
O projeto busca estimular novas interpretações do território paranaense, intenção que homenageia o legado de Lange e Turin.
“Além da leitura da obra de dois artistas do século 20, desdobramos as questões de arte, paisagem, natureza e cultura para poéticas contemporâneas do Paraná. Selecionamos trabalhos de outra geração de artistas, como Vilma Slomp, Fabio Noronha, Harry Crowl, Rômulo Lass e Francisco Faria. O artista que está lendo a paisagem hoje está lendo a paisagem que foi lida por eles lá atrás. Esse aspecto de memória e renovação da arte é fundamental e perpassa gerações, técnicas e linguagens artísticas”, define.