Comportamento

Bruna Covacci

Curitibana cria tatuagem para crianças não se perderem

Bruna Covacci
13/12/2016 10:46
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Gabrielle e Lorenzo. (Foto: Romulo Bittencourt/Arquivo pessoal )

A empresária Gabrielle Bittencourt, que mora em Curitiba, começou a desenvolver produtos ao enxergar a dificuldade do seu filho Lorenzo, 5 anos, que é deficiente auditivo. “Estava no shopping e vi uma criança da idade dele perdida. Parei para ajudar e o pequeno me falou o nome da sua mãe, como ela estava vestida e conseguimos resolver a situação”, diz. O problema é que, ao pensar no mesmo acontecendo com o seu filho, a resolução não seria tão simples. “A fala dele ainda não é completamente desenvolvida, ele precisava de algum tipo de identificação”, explicou.
Modelo de tatuagem. Foto: Reprodução.
Modelo de tatuagem. Foto: Reprodução.
Pensando nisso ela desenvolveu uma tatuagem temporária, que funciona como aquelas encontradas em chiclete e são hipoalergênicas. “Pensei em fazer para crianças com deficiência, mas lancei o produto há 10 dias, ele já esgotou e vi mães encontrando outros propósitos para ele”, diz. Seja para indicar alguma doença crônica como a diabete, alergia a algum tipo de alimento ou só para que a criança esteja sempre identificada, caso se perca – o método de identificação é bastante usado no verão na temporada de praia.
Depois de aplicado o produto dura até quatro dias, dependendo dos cuidados, e  à prova d’água. Os produtos são temáticos e personalizados, para que as crianças gostem de ter o desenho na pele. Ainda vão o nome do pequeno e os telefones dos responsáveis para contato. Os preços são de R$ 35 para 5 unidades e R$ 50 para 10 unidades.
Aparelho auditivo personalizado
Gabrielle também personalizou o aparelho auditivo do filho. “Nós tivemos muita dificuldade para fazer a adaptação do Lorenzo. O aparelho era bege, era uma coisa meio feia. Não era uma coisa atrativa, não era uma coisa que adorava usar”, explicou. Depois de fazer uma pesquisa para saber se apenas o seu filho estava com problemas de adaptação descobriu outros casos parecidos. “As crianças sofrem com bullying por causa disso”, contou.
Ela lembra um caso em que o Lorenzo ouviu de uma menina mais velha, de 14 anos, que o aparelho era maior do que a orelha dele. “Foi horrível. Eu nunca me esqueço dessa situação absurda. Ele ficou muito triste”, lembrou a mãe. A deficiência do menino foi descoberta quando ele tinha seis meses de idade. “O aparelho de Lorenzo veio com vários adesivos, conforme eles foram acabando ela resolveu fazer algo que ele realmente gostasse. Foi então que fiz o primeiro com a imagem do Capitão América e do Superman. E ele amou de paixão”, disse Gabrielle. Os produtos patenteados e vendidos através do Facebook. O par de plugs para crianças custa R$ 20 e já vem adaptado tanto para implante coclear, quanto para aparelhos convencionais, além de uma cartela de adesivos com um tema a escolher.
SERVIÇO: Uqüe – Plugs for lugs. Fone: (41) 99782-6827 Gabrielle.
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