Moda e beleza

Bruna Covacci

Em 2017, a luta contra a discriminação continua!

Bruna Covacci
01/01/2017 20:00
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O ano que passa foi marcado pela reafirmação de ideais, a luta por bandeiras e conquistas de minorias. Ao ganhar o prêmio Mulher do Ano, da revista americana Billboard, em Nova York, Madonna fez um discurso forte e emocionante, relatando obstáculos sofridos ao longo da sua vida. “Obrigada por reconhecerem minha habilidade de dar continuidade à minha carreira por 34 anos diante do sexismo e da misoginia gritante, e do bullying e abuso constante”, declarou.
Ao fazer o seu discurso, Madonna reafirmou atitudes como a de Carolina Lipmann, que há um ano, quando postou uma foto sua de biquíni com a legenda “E gorda de biquíni na praia? Tá tendo! E não é coragem, é liberdade!”, alcançou mais de 52 mil curtidas. A curitibana de 31 anos é uma forte representante do movimento plus size e enxerga uma evolução na área. No próximo ano, ela acredita que as mulheres vão poder encontrar mais pontos de apoio na mídia, blogs e marcas, conseguindo, cada vez mais, se encontrar.
Carolina Lipmann: no próximo ano segue a busca por liberdade. Foto: Divulgação
Carolina Lipmann: no próximo ano segue a busca por liberdade. Foto: Divulgação
Neste ano também a luta contra o racismo teve um capítulo à parte: Letícia Costa, 20 anos, foi a primeira miss negra eleita em Curitiba, fato também ocorrido no concurso nacional, que coroou em outubro Raissa Santana como Miss Brasil. “As pessoas ainda são racistas sem notar, sem intenção”, diz Letícia. Sabendo que a luta contra o preconceito é gradual, seu desejo é que em 2017 as pessoas se tornem mais conscientes e procurem entender que todos são iguais.
Letícia Costa: a primeira miss negra de Curitiba. Foto: Paulo Cibin
Letícia Costa: a primeira miss negra de Curitiba. Foto: Paulo Cibin
A cartunista curitibana Pryscila Vieira, 38 anos, criadora da personagem de humor Amely, uma boneca dotada de pensamentos e sentimentos, diz que apesar de 2016 não ter sido marcado por grandes conquistas palpáveis com relação aos direitos civis, foi possível desenvolver maior consciência sobre o papel da mulher na sociedade. “Fatos políticos como o “bela, recatada e do lar”, de Marcela Temer fez avaliar a desigualdade de gênero”, assinala ela. E isso desenvolve a consciência rumo à igualdade.
Pryscila Vieira: fatos políticos lançaram luz sobre machismo. Foto: Leo Feltran/Divulgação
Pryscila Vieira: fatos políticos lançaram luz sobre machismo. Foto: Leo Feltran/Divulgação

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