Saúde e Bem-Estar

Bruna Covacci

Cientistas comprovam que DNA interfere no envelhecimento

Bruna Covacci
08/07/2016 09:53
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Foto: Pixabay.

Agora é comprovado: o material genético interfere diretamente na forma como envelhecemos. Uma pesquisa coordenada pelo médico espanhol Jose Antonio Enríquez, publicada na última quinta-feira (07) na revista Nature, provou que o metabolismo e o envelhecimento são determinados pela interação de dois genomas; o nuclear e o mitocondrial. É por isso que algumas pessoas aparentam ter 50 anos quando têm 65 e aquelas que têm tendência para engordar, enquanto outras comem de tudo e continuam magras.
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Depois de acompanhar 20 gerações de ratos, durante nove anos, o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisas Cardiovasculares explicou que a maior parte da informação genética que herdamos está no genoma nuclear, que contém 24.000 genes e três bilhões de letras. O novo estudo concentra-se em apenas 37 desses genes, que se encontram nas mitocôndrias, pequenas estruturas que envolvem o núcleo e que desempenham um papel essencial no metabolismo energético da célula.
Os resultados mostraram que uma pequena mudança no genoma mitocondrial pode provocar grandes diferenças no envelhecimento e no desenvolvimento de algumas doenças. Um dos genomas, por exemplo, pode prolongar a vida dos roedores em 16% e os tornar menos propensos à obesidade, diabetes e alguns tumores. Assim, não é apenas o estilo de vida que influencia no envelhecimento saudável.
Na prática
Em entrevista ao El País, Enríquez declarou achar possível aplicar os conhecimentos à medicina, futuramente. Para ele “saber como interagem o genoma mitocondrial e o nuclear nos permitirá saber como se é e o que é preciso fazer para ficar o mais saudável possível, incluindo a forma como você vai reagir ao exercício, à dieta e aos medicamentos”.