Comportamento
Redação
Palmada, agressão verbal: por que essas medidas não são um bom caminho para educar
Ser pouco ou excessivamente sensível aos ruídos pode ser um indicativo. Fique de olho(Foto: Bigstock)
Palmada: certo ou errado? Esse é sem dúvida um dos principais dilemas dos pais na hora de educar uma crianças. Sobretudo na fase dos dois aos quatro anos, quando elas testam e não entendem limites muito bem, é bastante complicado quando saber se o tapa é demais ou necessário.
Por mais que a teoria seja diferente da prática e que os pais se encontrem muitas vezes em situações em que controlar a agressividade é difícil, o especialista Marcos Piangers, também colunista do Viver Bem e autor do livro “O Papai é Pop” acredita que esse não é a melhor ferramenta para educar.
“Eu nunca dei tapa nas minhas filhas. Ela gera mais revolta do que aprendizado, e é até um pouco covarde porque é uma pessoa muito maior batendo em uma criança”, diz.
A agressão verbal também é tão traumatizando quanto a agressão física: pesquisadores da PUC Rio Grande do Sul entrevistaram 10 mil adultos e comprovaram que os prejuízos motivados por abuso emocional são ainda maiores — as pessoas carregam o trauma por anos a fio.
Disciplina positiva
Em alguns casos, quando a criança acaba batendo no pai ou na mãe, a tendência é que o cuidador fique também agressivo. “Nossa reação é um pouco instintiva, mas o correto é parar, respirar, abraçar seu filho. Explicar que o que ele fez é feio e que você fica triste. Ter a capacidade de respirar e entender primeiro, antes de exigir que o filho se comporte”, ensina Piangers.
Ele frisa que a disciplina positiva é a melhor forma de educar — que une firmeza e gentileza. “Muito firme e gentil mostra que há respeito pela situação e pela pessoa. Assim, o seu filho se sente sempre amado e respeitado e entende as suas demandas. Conquista o respeito não pela força, mas pelo amor”.
