Comportamento

Da redação

Você sabia que a felicidade tem data certa para voltar?

Da redação
16/08/2016 20:30
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(Foto: VisualHunt)

Ninguém é infeliz para sempre, independentemente de qual for o trajeto que a vida tome, e a felicidade tem data certa para voltar. Essa ideia é um dos principais argumentos do psicólogo e pesquisador da Universidade de Harvard, Dan Gilbert, que compara níveis de felicidade de pessoas em situações de vida completamente diferentes. Segundo ele, o impacto, a intensidade e a duração de um momento bom ou ruim na vida são bem menores do que as pessoas costumam achar.
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Para exemplificar, o pesquisador cita em uma palestra do TedTalks a diferença entre os níveis de felicidade entre uma pessoa que ganhou o prêmio da loteria e outra pessoa que se tornou paraplégica em um acidente. Depois de cerca de um ano, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, ambos têm o mesmo nível de felicidade. Como? Porque a felicidade pode ser ‘sintetizada’.
É comum que as pessoas acreditem que a felicidade natural, aquela promoção que ganhamos no trabalho ou a vaga na faculdade que entramos no primeiro vestibular, é de melhor qualidade do que a felicidade sintética, aquela que criamos quando não ganhamos na loteria ou quando não ficamos com o homem ou mulher dos nossos sonhos. No entanto, isso não é verdade.
“Eu quero sugerir que a felicidade sintética é tão real e durável quanto conseguir exatamente o que você quer”, diz Gilbert, citando exemplos de alunos de Harvard que, em um experimento, tiveram de escolher, entre duas fotografias, a favorita. Mesmo com a possibilidade de depois trocá-la, e de terem mudado de fotografias, os alunos continuavam infelizes com suas escolhas. Nem sempre somos mais felizes com aquilo que queremos, do que com aquilo que precisamos criar a partir da mudança de planos da vida.   
O pesquisador vai além e diz que 75% das pessoas voltam a ser felizes dois anos depois do pior trauma que poderiam imaginar. Essa capacidade de resiliência está muito ligada ao que o pesquisador chama de “sistema imunológico psicológico”, que é semelhante ao sistema imune normal do corpo. O ‘corpo’ se fortalece diante de uma situação ruim, e aprende a combatê-la. Segundo Gilbert, os seres humanos subvalorizam sua própria resiliência, e não percebem como será fácil mudar a sua visão do mundo caso aconteça algo ruim.
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